80% dos brasileiros retomaram compras, uso de transporte e lazer
É o que indica pesquisa C6 Bank/Datafolha
De cada dez brasileiros, oito realizaram recentemente atividades como visitas a bares e restaurantes, shoppings ou comércio de rua, parques ou praças, salões de beleza ou clínicas de estética e uso de transporte público, segundo pesquisa C6 Bank/Datafolha divulgada nesta segunda-feira.
“Depois de um período longo de quarentena, a maior parte da população já retomou as atividades que costumava realizar antes da pandemia”, diz Paulo Alves, gerente de pesquisas do Datafolha.
Entre os brasileiros que flexibilizaram a quarentena, 50% visitaram shopping ou comércio de rua nos 15 dias anteriores à pesquisa, 24% foram a salões de beleza ou clínicas de estética, 21% estiveram em restaurantes ou lanchonetes e 16% frequentaram parques ou praças. A retomada das atividades é mais frequente entre os perfis mais escolarizados da população e com maior renda. Entre brasileiros das classes A/B, 54% relatam compra em lojas do comércio de rua ou visita a shopping.
Os entrevistados com 60 anos ou mais são os que menos indicam a realização dessas atividades: 32% fizeram compras em comércio de rua, 7% foram a shoppings, 13% a salão de beleza, 9% a restaurante, bar ou lanchonete e 6% a parques ou praças.
A pesquisa também mostra que 37% dos entrevistados aumentaram os gastos com atividades e compras fora de casa, índice que cai para 24% na região Sul. Por outro lado, 31% dos brasileiros mantiveram o nível de gastos e 32% estão gastando menos atualmente.
Uso de transporte público
A pandemia também alterou os hábitos dos brasileiros em relação aos transportes públicos. Entre os entrevistados, 40% aumentaram o uso de meios alternativos ao transporte público que não tinham o hábito de usar antes da quarentena, como bicicleta e carro próprio. A pesquisa mostra que 30% do público usou transporte público nos 15 dias anteriores à pesquisa, percentual abaixo das médias registradas antes da pandemia.
A pesquisa foi feita entre os dias 21 e 31 de agosto de 2020, com base em 1.536 entrevistas nas cinco regiões. A margem de erro máxima para o total da amostra é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.