38% das empresas não expandiram gastos com planos de saúde em 2020

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Levantamento da Lockton mostra que contratos pós-pagos sofreram menor pressão de custos

Pesquisa de Benefícios realizada pela consultoria e corretora de seguros norte-americana Lockton indica que 38% das empresas não tiveram aumento nos custos ou registraram retração nos valores gastos com planos de saúde oferecidos a seus funcionários em 2020. O levantamento ouviu 469 empresas em 44 setores da economia. A amostra contou com 46% de companhias de capital nacional e 54% multinacionais. De acordo com o levantamento, 29% do total da amostra disse não ter experimentado aumento de preço nos contratos enquanto 9% verificaram retração nos custos do benefício.

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As empresas que sentiram maior alívio no caixa foram as que adotam o modelo de contrato pós-pago, que representam 13% da amostra. Neste universo, 36% disseram não ter registrado aumento de preços e 16% disseram ter verificado retração nos valores dispendidos.

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Já entre as empresas que utilizam o modelo de pré-pagamento junto a operadoras de planos de saúde, 28% declararam que não tiveram alteração de valores e 8% informaram retração nos gastos.

Para Cesar Lopes, diretor Atuarial da Lockton e coordenador do levantamento, como a pandemia adiou a realização de procedimentos eletivos e reduziu a utilização de serviços de pronto socorro, as empresas que trabalham no modelo pós-pago e que são responsáveis financeiramente pelas despesas efetivas geradas pela população coberta em seu programa, perceberam a redução nos custos de forma imediata, motivada pela redução da frequência de utilização dos procedimentos médicos.

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“Os planos pós-pagos, embora seja um universo menor entre os contratantes de planos de saúde coletivos, sentiu menor pressão de custos, uma vez que houve significativa queda de demanda por parte dos usuários, tendência que pode se reverter quando a pandemia passar”, explica Cesar Lopes.

As empresas que declararam ter sofrido aumento de preço de até 10% nos planos somaram 29% da amostra. A maior parte delas (31%) são vinculadas a planos pré-pagos e 21% estão vinculadas a planos pós-pagos. Já as empresas que tiveram aumentos superiores a 12% somaram 21% da amostra. Aqui também os contratos pré-pagos sofreram mais que os contratos pós-pagos, cujo modelo de custos é apurado de acordo com a utilização dos serviços.

Coparticipação em terapias médicas avança entre as empresas, aponta levantamento da Lockton. Maior parte das empresas cobram de 20% a 29% do colaborador por este tipo de evento

A pesquisa de Benefícios da Lockton detectou que segue aumentando o número de empresas que aplica o modelo de coparticipação no uso de terapias para tratamentos de saúde. Das 469 empresas ouvidas nesta edição do estudo, 48% declararam que já praticam o compartilhamento de custos com os funcionários para este tipo de evento. O índice é 4 pontos percentuais maior que os 44% verificados no levantamento de 2019.

“Estamos assistindo a uma adesão contínua das empresas a este tipo, componente de moderação da utilização diz Cesar Lopes, diretor Atuarial da Lockton no Brasil e coordenador do levantamento. Em 2017, ano do primeiro estudo de benefícios realizado pela Lockton no Brasil, o índice de coparticipação para terapias de saúde era de 31%. Em 2018, o índice subiu para 37% e seguiu avançando nos anos seguintes.

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A coparticipação em terapias contrasta com os demais eventos, que apresentaram ligeira retração na prevalência do uso de coparticipação. Para consultas, o índice caiu de 78% da amostra para 76%. Para exames simples, o índice recuou de 80% para 77%. E em exames especiais, o índice retraiu de 40% para 38%.

As empresas que cobram de 20% a 29% de coparticipação em terapias médicas representam a maior parte amostra (57%). As que cobram 30% ou mais somam 28% das respondentes. As que cobram até 10% somam 7% das empresas. Já 6% das companhias cobram de 11% a 19% do colaborador e 2% da amostra diz cobrar um valor fixo de coparticipação para terapias médicas.

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