Entenda a diferença entre gestão e gerenciamento de riscos no transporte de cargas

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Saber a diferença é a única forma de garantir o melhor desempenho e os menores custos em um programa de redução de prejuízos

Gestão e gerenciamento de riscos são serviços distintos e, embora complementares, cada um tem uma finalidade diferenciada e marcante nos resultados de empresas convencidas de que minimizar e predizer o risco é uma solução inteligente. Normalmente o mercado está inclinado a se equivocar entre uma e outra opção, muitas vezes por não entender ou desconhecer a diferenciação e os benefícios que a gestão propicia aos resultados financeiros da empresa.

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De acordo com a Pamcary, a definição desses serviços está estabelecida na ISO 31000. Os principais objetivos não divergem, mas se complementam. A gestão planeja e aprimora e o gerenciamento, executa. E por que, então, é fundamental essa divisão de missões?

“Uma empresa contratada para realizar um trabalho não pode ser a mesma que irá avaliar se suas próprias tarefas estão bem feitas. Da mesma forma, quem tem a receita diretamente associada à venda de serviços ou produtos não é a mais indicada para dimensioná-los”, resume Darcio Centoducato, diretor de gestão de riscos da Pamcary.

“É difícil imaginar, por exemplo, que um gerenciador de riscos remunerado por veículos monitorados ou pelo acionamento de prontas-respostas, tome a iniciativa de dizer ao cliente que seu escopo de serviço seja reduzido em virtude das quedas nos níveis de ameaça. Nesse caso, apenas uma terceira parte envolvida pode fazer isso, com isenção e neutralidade adequadas para defender exclusivamente os interesses do cliente”, adverte.

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Ampliando as diferenças, a gestão se baseia no plano estratégico e tático a serem desenvolvidos com base nas peculiaridades de risco de cada empresa, onde se conhece em detalhes a sua logística, modelo de transporte e principalmente as ameaças mais críticas relacionadas à sua operação.

“Depois de um minucioso diagnóstico, o plano determinará a arquitetura do modelo apropriado, seus processos, procedimentos e regras, estabelecendo o melhor tratamento a ser aplicado, bem como a dosagem e a quantidade correta de cada ferramenta utilizada”, acrescenta Ricardo Monteiro, gerente de riscos da Pamcary.

Por sua vez, a função de uma gerenciadora é complementar o processo criado e estabelecido pela gestora, fornecendo as ferramentas estabelecidas no plano, como por exemplo, os serviços de central de monitoramento, escolta, pronta resposta, postos avançados, incluindo a mão de obra especializada. A dificuldade em compreender essa diferença, leva alguns transportadores e operadores logísticos a acreditar que, ao adquirir qualquer uma das ferramentas de gerenciamento, comprarão um plano estratégico e tático, mas na verdade contratam um serviço necessário por exigência de seguradoras e, consequentemente, de suas apólices.

“Além disso, quando as áreas de compras dessas empresas procuram ter um único interlocutor e apenas um contrato, perdem a oportunidade de contar com o gestor de riscos como importante aliado para a redução de prejuízos e custos”, explica Monteiro.

Um modelo que advoga a favor dos clientes

A Pamcary aponta que o melhor modelo é aquele que, definitivamente, foca na redução do custo total do risco logístico, composto pelas despesas com as ferramentas de gerenciamento e do prêmio de seguro pago pelo cliente.

“Quando não se olha para a combinação dessas duas rubricas, apenas para o adicionamento de cada vez mais ferramentas de segurança, o resultado é o observado no aumento exponencial do custo do gerenciamento de riscos no Brasil no período de apenas uma década. A questão levantada abaixo, somente pode ser respondida pelo gestor de riscos”, destaca Darcio Centoducato.

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Por último, o requisito mais importante para o gestor é a inteligência de riscos. Ele precisa necessariamente ser o detentor de dados, informações de ameaças, incidentes e sinistros atualizados em tempo real, de forma a produzir o conhecimento para predizer e neutralizar sinistros, não apenas de roubos, mas também, incêndios e avarias, nas suas múltiplas formas.

6 dicas para a eficácia de gestão de riscos da sua empresa

  • Verifique se quem desenhou o plano é o executor.
  • Confira se no seu processo de gestão de riscos, existe um plano de acompanhamento e melhoria contínua, isento e neutro.
  • Consegue acompanhar o inteiro ciclo de vida do risco? Da emissão do documento de transporte até a apuração do prejuízo e retroalimentação da base de conhecimento?
  • Averigue se as indicações e propostas de melhorias se baseiam em desenvolvimento dos processos, procedimentos e de tecnologia com pouco uso de mão de obra.
  • Avalie se as ferramentas utilizadas no seu projeto não se modificaram ou sofreram alterações nos últimos dois anos.
  • Observe quais as formas em que os serviços contratados são auditados.

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