FenaSaúde analisa panorama da Saúde Suplementar no Brasil; Sinistralidade avança

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Índice voltou aos patamares pré-pandemia e fechou o ano em 79% – mesmo índice verificado em 2019

Dados divulgados nesta segunda-feira (07), pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), apontam que os planos de saúde fecharam 2021 com 48.995.883 de beneficiários, um crescimento de 3,2% em relação a 2020. Trata-se da melhor marca desde 2015, quando o número de clientes de planos de saúde alcançou 49.191.957 de beneficiários. O número havia sido antecipado por projeções feitas pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), em dezembro. Desde junho de 2020, cerca de 2,3 milhões de beneficiários ingressaram no sistema.

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“A pandemia despertou o senso de urgência para a contratação de planos de saúde, o que explica a alta expressiva de novos beneficiários na saúde suplementar. Aliado a isso, as operadoras de planos de saúde seguiram dedicadas a implementar estratégias para a retomada de clientes”, diz Vera Valente, diretora executiva da FenaSaúde. “A recuperação de postos de trabalho também contribuiu para o fenômeno”, avalia a executiva.

De acordo com a ANS, o maior volume de contratações se deu no plano coletivo empresarial, que cresceu 5% em 2021, frente ao ano anterior. Os coletivos por adesão (planos oferecidos a categorias profissionais e associações) avançaram 0,6%. Já os planos individuais ou familiares registraram recuo de cerca de 1,5%.

“Para que a curva de novos beneficiários continue ascendente, é fundamental ampliarmos ainda mais o acesso à saúde para a população brasileira. Isso se dará por meio de maior concorrência, planos mais acessíveis, segmentação de coberturas e melhor eficiência operacional. Estamos empenhados para que isso aconteça em 2022, quando se espera a revisão do marco legal do setor”, diz Vera Valente.

Para a executiva, o aumento no número de beneficiários de planos de saúde, além de garantir atendimento de qualidade para mais brasileiros, ajuda a desafogar o Sistema Único de Saúde, permitindo a concentração de recursos e esforços da área pública no atendimento à população de menor renda.

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Sinistralidade avançou

De acordo com o último Boletim Covid-19, divulgado pela ANS, as despesas dos planos de saúde com o atendimento de seus beneficiários voltaram aos níveis anteriores à pandemia de Covid-19. 79% do que as operadoras arrecadaram com as mensalidades foram repassados a hospitais, clínicas, laboratórios e profissionais de saúde para cobrir os atendimentos provocados não só pelo coronavírus, mas também por outras doenças, bem como para os procedimentos não urgentes, represados desde 2020. Segundo a agência reguladora, trata-se do mesmo percentual registrado em 2019, ano que antecedeu a pandemia.

A retomada do índice de sinistralidade foi impulsionada também pelo crescimento de autorizações para exames e terapias. Em abril de 2021, o índice foi 160% superior ao verificado no ano anterior. Em dezembro, o índice estava 7,3% maior que em 2020. O Boletim da ANS também mostra que a ocupação de leitos hospitalares, em 2021, foi maior para atendimento de casos não relacionados à Covid-19, sendo a única exceção o mês de março, o que indica forte retomada dos procedimentos eletivos.

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