IRB Brasil RE melhora resultados em 2021 e projeta retorno ao lucro

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Ressegurador reduz perdas em 54%; Prêmios emitidos no Brasil crescem 9,3% e refletem nova estratégia da companhia, com maior volume nos segmentos de vida (+43,7%) e rural (+23%)

O IRB Brasil RE divulgou, nesta quinta-feira (24), os resultados referentes a 2021. O resultado contábil, que incorpora os impactos dos negócios e de despesas não recorrentes, mostra que houve redução de 54% no prejuízo líquido, que foi de R$ 683 milhões no ano passado contra R$ 1,482 bilhão em 2020.

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“Mais uma vez os resultados indicam a recuperação da companhia, mesmo considerando que enfrentamos um cenário mais adverso do que o planejado em 2021, com a pandemia ainda afetando os negócios e, internamente, com sinistros de contratos subscritos antes de junho de 2020, data do início do processo de ressubscrição, ainda impactando sensivelmente os números”, avalia o CEO do IRB Brasil RE, Raphael de Carvalho.

Em relação ao quarto trimestre do ano passado (4T21), o IRB registrou prejuízo de R$ 371 milhões na visão contábil, 42,4% menor do que o verificado no mesmo trimestre de 2020. O resultado líquido contábil da companhia no 4T21 foi negativamente impactado, primordialmente, pela maior frequência de sinistros, que foi 53,7% superior à do ano anterior. Os principais responsáveis foram os segmentos de rural, aviação e vida, notadamente nas carteiras no exterior.

“Trabalhamos fortemente na nossa estratégia de longo prazo, com a revisão permanente da carteira, tendo como foco crescimento com rentabilidade. Estamos diluindo o risco, buscando uma quantidade maior de negócios com menor exposição por contrato. Ou seja, melhoria de subscrição, redução de sinistralidade, maior eficiência e nova cultura centrada no cliente. O ano de 2022 é de amadurecimento dessa estratégia, com inflexão nos resultados. Além do incremento de taxas previsto pelo mercado ressegurador global, esperamos também impacto positivo na nossa rentabilidade, com a alta de juros no Brasil e a redução gradual dos efeitos dos contratos anteriores a 2020”, afirma Raphael de Carvalho.

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Prêmios emitidos

Em 2021, o volume total de prêmios emitidos decresceu 8,7% em relação a 2020, totalizando R$ 8,76 bilhões. Os prêmios emitidos no Brasil totalizaram R$ 5,329 bilhões, o que representou um incremento de 9,3%, refletindo a nova estratégia e a resiliência do negócio em um ano de pandemia, com maior volume de prêmios emitidos em vida (+43,7%) e rural (+23%). Já os prêmios emitidos no exterior foram de R$ 3,431 bilhões, com redução de 27,3% em relação a 2020, também em linha com a estratégia da companhia.

“A nova estratégia começa por reafirmar nosso protagonismo no Brasil, que deve representar no mínimo dois terços de nosso portfólio, alavancando as claras vantagens competitivas que o IRB tem no mercado doméstico. A atuação no mercado internacional tem como prioridade países da América Latina, como extensão de nossas vantagens competitivas e nosso potencial de lucratividade. O foco em outros mercados internacionais é complementar, visando à diversificação de risco e ao atendimento de clientes estratégicos. No 4T21, 61% dos prêmios emitidos foram no Brasil”, reforça o CEO do IRB Brasil RE.

A despesa com retrocessão, em 2021, apresentou uma redução de 24,1%, refletindo ajustes no portfólio que permitiram uma diminuição dos custos de proteção da carteira, notadamente nos negócios oriundos do exterior, onde houve recuo de exposição e melhora de resultados em 2021. Assim, o total dos prêmios retidos foi de R$ 5,556 bilhões, com incremento de 3,3% em relação ao ano anterior, como reflexo da redução da despesa de retrocessão. Por fim, o total de prêmios ganhos nos 12 meses do ano foi de R$ 5,9 bilhões, com aumento de 3,8% em relação a 2020 devido ao efeito positivo na variação das provisões técnicas.

Índices regulatórios

O IRB Brasil RE observa dois indicadores regulatórios relevantes, um deles em relação à suficiência de cobertura das provisões técnicas e outro referente ao capital mínimo requerido. Em 31 de dezembro de 2021, a companhia apresentava suficiência de R$ 236 milhões nas provisões técnicas e 106% de suficiência em relação ao capital mínimo requerido, índices superiores aos requerimentos regulatórios. Mesmo registrando prejuízo contábil no exercício, o indicador de solvência total da Companhia se manteve em patamares robustos, de 232%.

“É dever dos administradores otimizar a estrutura de capital do IRB, portanto, de forma rotineira, monitoramos e estudamos diversas alternativas para fortalecer nossos indicadores regulatórios. Entre elas, operações estruturadas redutoras de provisões, transferência de carteiras em run-off, reduções de investimentos imobiliários, otimização de capital em subsidiárias, emissão de dívida subordinada e subscrição de ações. Caso eventualmente a administração julgue necessário implementar alguma dessas medidas, vamos informar ao mercado tempestivamente”, explica Willy Jordan, vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da companhia.

Sinistralidade

Em 2021, o sinistro retido total foi de R$ 5,988 bilhões. O índice de sinistralidade caiu em comparação a 2020, situando-se em 101,5%.

“A sinistralidade de 2021 pode ser explicada por dois fatores. O primeiro diz respeito a contratos subscritos em períodos anteriores a 30/06/20, data em que iniciamos o processo de ressubscrição, cujos sinistros representaram 75% do volume total registrado no ano passado. Já o segundo tem relação com alguns contratos vultosos que apresentaram frequência e severidade de sinistros acima do previsto em decorrência de sua operação. Não podemos deixar de observar que a Companhia já registrou R$ 168 milhões de sinistros retidos oriundos da covid-19, sendo R$ 146 milhões no exercício de 2021”, afirma Raphael de Carvalho.

O resultado financeiro e patrimonial do IRB Brasil RE foi de R$ 618 milhões em 2021, superior ao apresentado em 2020, de R$ 125 milhões, em razão do maior estoque de ativos, do aumento da taxa Selic e de efeitos não recorrentes.

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