Presidente da Delphos destaca autoconfiança como fator preponderante para a conquista das mulheres no mercado de trabalho

Publicidade

Elisabete Prado foi uma das convidadas pelo veículo para edição especial em comemoração ao Dia Internacional da Mulher

Elisabete Prado, presidente da Delphos, participou de live em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. O eecontro contou com mais três executivas em cargo de liderança no mercado de seguros: Marcele Ramos, CEO América Latina da Coface; Patricia Chacon, CEO da Liberty Seguros; e, Erika Medici, CEO da AXA.

Publicidade

Elisabete contou sobre sua origem humilde em uma pequena cidade do interior de São Paulo, para mostrar que os resultados alcançados durante sua trajetória profissional são frutos da sua persistência. “Tudo é possível quando as pessoas realmente querem. Uso meu exemplo para mostrar como o resultado advém de batalhas pessoais e dos próprios esforços. Ao vir para a capital, tive que enfrentar um mundo muito diferente daquele que eu conhecia. Fiz carreira na Delphos, quando os especialistas em Recursos Humanos não recomendavam ter muita longevidade numa única empresa. Contrariamente às teorias, permaneci por quatro décadas na Delphos. Ao invés de optar por novos desafios externos, fiz esse movimento dentro do mesmo ambiente de trabalho, conhecendo a empresa por inteiro e aprendendo sobre cada um dos seus diferentes negócios, sempre buscando informações com os especialistas de cada área, e honrando os seus ensinamentos. E foi assim que conquistei o meu lugar e o respeito das pessoas com as quais eu trabalho”, comentou.

A executiva disse que sua maior motivação veio da sua primeira decisão da vida: não se considerar um “ser menor” por ser mulher. “É muito comum as mulheres se auto sabotarem, talvez num processo inconsciente e que decorre de uma cultura milenar. A minha primeira motivação e meu propósito, é que eu não ia ser alguém que estivesse abaixo da minha capacidade mínima. Tive que fazer escolhas e aprender com acertos e erros. Nos dois primeiros anos de Ciências Contábeis na PUC descobri que não queria fazer aquilo, e então migrei para as Ciências Atuariais, quando descobri que tinha muito a ver comigo. As minhas principais motivações eram sobreviver e aprender. Me auto motivei e lutei para cada conquista”, pontuou.

Elisabete ainda destacou que é preciso mudar a régua atual do mercado segurador, uma vez que apenas 21% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres, e só 12% em níveis de CEO. Na Delphos, o contingente está em 38% de mulheres em cargos de gestão. “Tenho procurado entender por que esse número ainda é baixo e estou me esforçando para mudar essa métrica na empresa. Jamais podemos ser alijadas de qualquer processo, porque somos capazes de assumir todo tipo de desafio e correr atrás de nossos propósitos. Quando eu vejo um cenário no Brasil com esse baixo percentual de penetração de gestão no mercado segurador; onde apenas 14% de mulheres estão em conselhos de administração; 12% em conselhos fiscais; 14% em Comitês de Auditoria, isso tudo quando a própria Lei sugere um mínimo de 20%, eu percebo um mundo de oportunidades à disposição para ser conquistado. As mulheres estão lutando por equidade salarial em todo mundo e em todas as áreas. Quem não perceber que precisa mudar esse jogo vai ficar para trás. O avanço das mulheres é inevitável”, salientou.

Publicidade

A presidente da Delphos deu um recado para as mulheres: “Acreditem em si mesmas. A luta é feroz e pode levar tempo, mas os resultados serão positivos para aquelas que fizerem investimentos em si próprias. Acredito firmemente que em poucos anos teremos incremento nos índices estatísticos”.

Related Articles