Em alta, planos com segmentação ambulatorial e hospitalar registram recorde com 43,8 milhões de vínculos
Análise do IESS aponta que modalidade é a que mais cresceu em número de beneficiários desde setembro de 2017
Dos 48,9 milhões usuários de planos de assistência médico-hospitalares no País, a maior parte, 43,8 milhões (89%), integrava, em janeiro de 2022, planos com segmentação ambulatorial e hospitalar, sendo este um recorde em número de beneficiários. Os dados da Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 67, desenvolvida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), mostram que, de modo geral, houve aumento de 1,5 milhão de vínculos, um acréscimo de 3,1%, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior.
O estudo mostra que a segmentação em questão é a que mais cresce desde setembro de 2017, quando havia 40,9 milhões de beneficiários. A pandemia da Covid-19 chegou encerrar o período de altas consecutivas, que seguiram até março de 2020 registrando alta de 1,7%. Posteriormente, no entanto, entre junho de 2020 e janeiro deste ano, houve aceleração no crescimento de vínculos nos planos ambulatorial e hospitalar, com saldo positivo de 6,6% no número de beneficiários alcançando o patamar histórico atual.
A NAB 67 mostra também que os planos ambulatoriais seguem com tendência de crescimento. Em março de 2017, o número de beneficiários era de 1,4 milhão. A segmentação, porém, teve acréscimo de 100 mil vínculos, alcançando a marca de 1,5 milhão em janeiro de 2022.
Aumento de preocupação
Para José Cechin, superintende executivo do IESS, o agravamento do número de casos de Covid-19 no País entre 2020 e 2021 pode ter aumentado a preocupação das pessoas que não tinham ou perderam o plano de saúde ao aderirem, agora, o benefício. “A posse de um plano de saúde, especialmente em período de pandemia, é considerada como muito importante pelas pessoas, pela sensação de segurança que o plano oferece a seus portadores. Entendemos que a recuperação do número de beneficiários, principalmente das segmentações ambulatorial e hospitalar, vem dessa sensação”, comenta.