Mercados operam mistos de olho na Ucrânia, alta do petróleo e agenda econômica escassa

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Confira análise de Matheus Jaconeli, analista de investimentos da Nova Futura Investimentos

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta. A questão russo-ucraniana continuou no radar, sem nenhum resultado das negociações e com Vladimir Putin elogiando o desempenho de suas tropas em solo ucraniano. Na agenda econômica, foi evidenciado aumento no déficit da balança comercial da Zona do Euro, saindo de -4,8 bilhões de euros para -27,2 bilhões de euros. Londres teve alta de 0,26%. Frankfurt teve ganho de 0,17%. Paris registrou ganho de 0,12%. Milão subiu 0,41%. Na Península Ibérica, Madri teve alta de 0,07% e Lisboa ficou no zero a zero.

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As bolsas americanas fecharam em alta no pregão de sexta-feira (18), em dia de vencimento de índices e opções. Os agentes mais uma vez deixaram de lado os receios em torno da guerra na Ucrânia e também o tom mais hawkish do FED e de outros membros regionais, como Christopher Waller e James Bullard. No fechamento, o Dow Jones subiu 0,80%, a 34.754,93 pontos. O S&P 500 avançou 1,17%, a 4.463,12 pontos. E o Nasdaq teve alta de 2,05%, a 13.893,84 pontos.

No Brasil, o mercado seguiu o mesmo caminho que seus pares globais, com o Ibovespa recebendo impacto positivo da alta do petróleo e do minério de ferro. Com isso, o principal índice da B3 fechou com alta de 1,98%, com 115.311 pontos. Um fator que reduziu o risco internacional em certa medida foi a conversa telefônica entre os presidentes da China, Xi Jingping, e dos Estados Unidos, Joe Biden, ponto importante com Pequim afirmando que trabalha para evitar o agravamento da guerra.

Para hoje (21 de março de 2022):

Na Ásia, as bolsas fecharam mistas, com a autoridade monetária chinesa mantendo as taxas de juros inalteradas, apesar de cortes terem sido prometidos. Todavia, as altas em Nova York na sexta-feira contribuíram para o país. O Xangai composto e o Shenzhen tiveram avanço de 0,08% e 0,73%, respectivamente. Hong Kong teve perda de 0,89% e Taiwan teve avanço de 0,59%. Em Tóquio, o Nikkei não operou em dia de feriado e, na Coreia do Sul, o Kospi teve perda de 0,77%.

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O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 0,97%, a 832,50 iuanes, o equivalente a US$ 131,11.

Os futuros nos EUA operam em queda, de olho no que ocorre na Ucrânia com a Rússia informando que não há progresso que justifique o encontro entre Putin e Zelensky.

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As bolsas europeias operam mistas, com os investidores observando se poderá haver algum avanço nas negociações após o balde de água fria dos russos. Na agenda econômica, Lagarde informou que o BCE tomará medidas em linha com FED e o IPP na Alemanha avança abaixo do esperado.

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No Brasil, a agenda econômica é escassa, com foco no radar corporativo e na política, com os investidores aguardando resultado do que será comentado sobre a reforma tributária. Assim, os movimentos externos contribuirão bastante para os movimentos do Ibovespa. Como ponto positivo, temos a alta do petróleo, que avança com ataques do grupo Houthi do Iêmen, alinhado ao Irã, que causaram uma queda temporária na produção de uma joint venture da refinaria da Saudi Aramco em Yanbu. Além disso, há países da UE pensando em aderir o embargo ao petróleo russo.

Os balanços de JBS (JBSS3), Unidas (LCAM3) e Eneva (ENEV3) serão divulgados após o fechamento.

A Eletrobras (ELET3, ELET6) registrou lucro líquido de R$ 610 milhões no quarto trimestre de 2021, retração de 52% na comparação anual. O Ebitda somou R$ 2,402 bilhões no trimestre, contra queda de R$ 299 milhões no 4T20.

A Gafisa (GFSA3) reportou lucro de R$ 49 milhões no quarto trimestre de 2021, alta de 69% em relação ao mesmo trimestre de 2020. O Ebitda ajustado totalizou R$ 193 milhões, aumento de 51% em relação ao mesmo período de 2020.

A M.Dias Branco (MDIA3) registrou um lucro líquido de R$ 151,1 milhões no quarto trimestre de 2021, queda de 27,7% em relação ao mesmo período do ano de 2020.

A Raízen (RAIZ4) aprovou o pagamento de duas parcelas de juros sobre o capital próprio (JCP), sendo o pagamento de R$ 0,01623907343527 por ação. A base de cálculo é 5 de outubro de 2021. A segunda parte dos dividendos é no valor de R$ 0,022011100299128 por ação, com base na posição acionária em 5 de janeiro.

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