Pensar fora da caixa: Sindseg PR/MS inicia ciclo de reuniões para colocar o seguro em debate em outros segmentos econômicos
Entidade que representa seguradoras do Paraná e do Mato Grosso do Sul pretende esclarecer dúvidas e desmistificar o seguro ao dialogar com a sociedade organizada
Com a finalidade de apresentar o seguro aos diversos segmentos econômicos e esclarecer falsas percepções sobre o setor, o Sindicato das Seguradoras (Sindseg PR/MS) iniciou uma série de encontros com entidades de classe.
A primeira reunião foi na última terça-feira (03) na Associação Comercial do Paraná (ACP), entidade com 131 anos de efetiva participação nas decisões de grande impacto para o comércio do estado.
O presidente do Sindseg PR/MS Altevir Prado esteve na reunião acompanhado do diretor executivo, Ramiro Dias, e da representante da Comissão de Seguros Patrimoniais do Sindicato, Danielle Saad.
Pela ACP participaram o vice-presidente Paulo Rodrigues, o superintendente executivo Lourival Brasil, e a integrante do Conselho da Mulher Empresária, corretora de seguros Angélica Rocha.
O presidente do Sindseg PR/MS iniciou o encontro explicando o volume de recursos arrecadado pelas seguradoras, falou do percentual devolvido para a sociedade em indenizações (90,9%) e destacou que, apesar de extremamente importante para a continuidade das atividades econômicas, ainda é pouco compreendido e contratado, com bastante espaço para avançar.
“Nas sociedades mais desenvolvidas como a Inglaterra, por exemplo, o mercado de seguros representa 13% do PIB, no Brasil fica próximo de 4%. Nesse particular, entendo que os empresários brasileiros têm um papel importante de oferecer ou proporcionar proteção aos empregados com os mais variados seguros – vida, saúde, odontológico, entre outros. Tudo isso é levar mais qualidade de vida e planejamento às famílias”, disse Altevir.
Na avaliação do superintendente executivo da ACP Lourival Brasil, desmistificar o seguro no Brasil não será tarefa fácil. Para ele, ainda existe excesso de burocracia que encarece o produto. Lourival também criticou a obrigatoriedade de intermediação e citou alguns pontos que, na visão dele, precisam melhorar.
“Tem pouca opção de compra direta de seguro pela internet comparando com outros países. Outra questão que precisa aprimorar é que muitos corretores deixam para avisar da necessidade de renovação no último dia do prazo, isso atrapalha o consumidor que acaba tendo menos tempo para avaliar o preço e fazer opções”.
Réplica
O presidente do Sindseg PR/MS reconheceu que essa percepção de que o seguro é caro e difícil de contratar realmente está arraigada na sociedade e que precisa ser trabalhada com bastante diálogo.
Segundo o executivo, “o corretor é uma profissão legalmente constituída, que distribui os produtos das seguradoras e tem um papel importantíssimo na orientação e consultoria aos consumidores”.
Explicou também que o percentual alto de fraudes acaba exigindo um pouco mais de avaliação e burocracia tanto na contratação, quanto na indenização. “Além de encarecer o seguro para todos, o alto índice de fraudes no Brasil torna o processo mais moroso, a seguradora precisa ter mais certeza do que está indenizando”, completou.
Próximos encontros
Esta série de reuniões com entidades de classe segue na próxima quarta-feira (11 de maio) com um almoço para a presidente da OAB/PR Marilena Winter, no Business Club, em Curitiba (PR), e no dia 16 de maio, Altevir Prado participa de um jantar com os representantes da Associação Comercial de Maringá (PR).