DAVOS: Setor segurador avança no compromisso para zerar emissão de gases de efeito estufa até 2050

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Integrantes da Aliança Seguradora Net-Zero (Net-Zero Insurance Alliance – NZIA) precisam adotar metas de redução, engajamento ou subscrição até julho de 2023

Seguradoras e resseguradoras deram um passo importante no compromisso para zerar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2050.  Durante reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, a Iniciativa Financeira das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP FI) lançou o primeiro Protocolo de Definição de Metas para auxiliar as empresas a definir, de forma independente, metas com bases científicas para seus respectivos portfólios de subscrição de seguros e resseguros.
Na prática, as 29 empresas que integram a iniciativa Net-Zero Insurance Alliance (NZIA) deverão, até 31 de junho de 2023, abraçar pelo menos uma meta que contribua na redução de emissões, promova o engajamento de parceiros e fornecedores no compromisso com o meio ambiente ou que impactem na transição energética.
No Brasil, as seguradoras que integram a NZIA deverão incluir em seus planejamentos o cálculo das emissões seguradas, a exemplo das iniciativas já existentes voltadas para seguro de automóvel e para seguros empresariais.
“Não é de hoje que o setor segurador brasileiro está envolvido com essas questões e, prova disso, é que temos uma regulação pioneira na América Latina sobre questões sustentáveis que consideram diversas esferas da cadeira de valor de seguros. Temos iniciativas no Brasil que contemplam o envolvimento de parceiros, como as chamadas oficinas verdes para automóveis e até logística reversa no seguro residencial”, explica Luciana Dall´Agnol, superintendente de relações de consumo e sustentabilidade da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).
Luciana chama a atenção que para poder zerar a emissão, primeiramente, é necessário ter um cálculo confiável do quanto se emite. Para ter um padrão global confiável, a UNEP FI adotou uma equação – que leva em consideração variáveis como prêmio bruto, receita para os itens segurados e até vida útil, em caso de automóveis – desenvolvida pela entidade de origem holandesa Partnership for Carbon Accounting Financials (PCAF), que apoia o setor financeiro global no controle da quantificação das emissões.
“Ao assumir o compromisso para neutralizar a emissão de gases de efeito estufa, as integrantes da NZIA, líderes mundiais do setor, sinalizam para os segurados que uma variável de conduta socioambiental responsável poderá ser utilizada na precificação e aceitação de risco. Esse é um dos papéis mais importantes do setor financeiro: induzir práticas e influenciar toda sua cadeia valor, impactando variados segmentos da economia”, avalia Luciana.

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