“Foi muito rápido, a água veio e tomou conta de tudo”, relata vítima da enchente no RS
Centenas de milhares são afetados e necessidade de ajuda cresce; Doe qualquer valor através da Chave Pix 92947241/0001-60 (CNPJ do Sindicato das Empresas de Seguros do RS)
Após uma semana de fortes chuvas, 83,9% dos municípios do Rio Grande do Sul ainda sentem os efeitos da enchente. De acordo com as últimas atualizações da Defesa Civil, os números só crescem: mais de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas e mais de 163 mil estão desalojadas, por enquanto.
A cidade de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, está com muitos bairros embaixo dágua. A família de Simone Menezes, executiva da Ezze Seguros, do bairro Mathias Velho, foi uma das atingidas. “Foi muito rápido, pois quando a água chegou na nossa rua foi uma questão de nem 20 minutos que veio uma enxurrada e tomou conta de tudo”, relata. A executiva morava com o marido e a filha, mas na mesma rua, moravam a família do genro e, na rua de trás, o seus sogros e cunhados. “É uma família inteira na mesma situação”, conta.
Na sexta-feira, 03 de maio, as autoridades locais começaram a avisar que os diques da região poderiam não suportar. “Passamos a madrugada inteira monitorando indo até o dique de hora em hora e aparentemente, ele estava controlado e não chegaria até a minha residência que é longe, nada perto. Tínhamos uma esperança”, relembra. “Mesmo assim, levantamos os móveis que conseguimos, cada um pegou uma muda de roupa, pois esperávamos voltar para casa em no máximo dois dias, e quando fomos ver, às 6h do sábado, a água já estava na nossa rua”, conclui.
O presidente da Associação das Empresas de Assessoria e Consultoria de Seguros do Estado do Rio Grande do Sul (Aconseg RS), Celso Azevedo, que também é morador de Canoas (RS), mas num bairro que não foi atingido, está abrigando mais de 20 pessoas em sua residência. “É impossível cada um de nós não conhecer pelo menos algum familiar ou amigo que esteja sendo atingido nessa situação. E nós estamos ajudando de pouco em pouco para que todos possam ter algum tipo de assistência nesse momento difícil”, afirmou ao telefone.