Profissionais do Mercado de Seguros iniciam processo de reconstrução após desastre climático no Rio Grande do Sul

Nas últimas semanas, o Rio Grande do Sul enfrentou uma das maiores tragédias naturais de sua história recente. Fortes chuvas causaram enchentes e deslizamentos de terra, atingindo inúmeros municípios do estado e deixando um rastro de destruição em vários locais. Na ocasião, casas foram arrastadas pelas águas, carros engolidos pela lama e famílias inteiras ficaram desabrigadas. Os sobreviventes, muitos deles importantes lideranças do Mercado de Seguros, tentam processar a gravidade do ocorrido, bem como contam com diversas iniciativas do poder público e ações solidárias de instituições do setor.

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De acordo com informações do último balanço divulgado pela Defesa Civil estadual, 148 pessoas vieram a óbito em decorrência das chuvas que atingiram o estado, enquanto 108 permanecem desaparecidas. Em todo território gaúcho, ao todo, 449 municípios foram afetados pelas enchentes, contabilizando um total de 2.131.869 mil pessoas atingidas. O temporal não apenas arrastou água pelas cidades, como também vidas e sonhos. Há histórias de pessoas que perderam tudo, como casa, pertences e agora vivem sob a sensação de insegurança e instabilidade.

A ex-presidente do Clube da Pedrinha-RS e executiva da Suhai, Daniela Zimmer, foi uma das vítimas da tragédia no Rio Grande do Sul. Sua casa foi parcialmente tomada pela água, impedindo a permanência no local e danificando móveis e eletrodomésticos. A mesma relata que já possuía o Seguro Residencial e optou por incluir a cobertura para enchentes antes do ocorrido. Daniela conta que o momento é de dúvidas e inseguranças. “A gente tenta imaginar que as coisas vão voltar a ser como antes, mas no fundo sabemos que não será. Estou sentindo muita insegurança e não quero continuar a resistir no mesmo local. Vamos reconstruir tudo e tentar revender ou alugar porque depois de alguns meses pode acontecer de novo. Tínhamos a nossa casa financiada e no momento não temos condições de comprar em outro lugar, então, pela primeira vez, eu acredito que iremos entrar no aluguel”, disse.

Diante do cenário de calamidade pública, muito se discute as ações realizadas no intuito de ajudar aqueles que perderam tudo e também as suas perspectivas para o futuro. Daniela Zimmer conta que desde o primeiro dia do desastre ambiental contou com ajuda e carinho de muitas pessoas. Ela lembra que algumas vezes o auxílio é feito de forma financeira, com doações de material de limpeza, agasalhos, porém o desprendimento em ajudar o próximo no que diz respeito a reconstrução dos seus lares é fundamental. “Existem pessoas com casas muito humildes nos bairros, que muitas vezes não tem amigos e parentes que possam ajudar. Essas pessoas precisam dos voluntários. Efetivamente o trabalho braçal é muito importante. Nós já estamos fazendo a limpeza da nossa casa, passamos o dia retirando água e barro dos móveis e outros dias virão. Eu acho que a mensagem que fica é de ajudarmos quem a gente tem”, pontuou.

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Icatu Seguros no JRS

Na cidade de Canoas (RS), o bairro Mathias Velho foi um dos mais atingidos pela enchente. Quarteirões inteiros foram tomados pela água, arrastando carros e deixando casas completamente submersas. Uma dessas residências pertencia a Gerente Executivo Comercial RS da EZZE Seguros, Simone Menezes. Ela conta que jamais imaginou que a situação chegasse ao ponto tão extremo. “Percebemos que teríamos que sair da nossa casa quando começaram os avisos de que um dique próximo a nossa residência poderia transbordar. Ficamos monitorando a subida da água durante toda a madrugada e ainda assim tínhamos esperanças de não sermos atingidos porque moramos longe. Foi tudo muito rápido, a água subiu e atingiu toda nossa rua em questão de 20 minutos. A nossa casa tá completamente submersa, água até o telhado. Não tenho expectativa de que essa água desça tão cedo”, contou.

Simone Menezes frisa ainda que no atual momento, a solidariedade das pessoas próximas tem sido fundamental. Com mais de 30 anos de atuação no Mercado de Seguros, sendo os dois últimos na EZZE Seguros, ela conta que além do apoio de familiares, recebeu atenção de parceiros do setor. “Eu tô no Mercado de Seguros desde 1991, há dois anos estou na EZZE Seguros. É um mercado que eu amo demais e tenho recebido uma onda de solidariedade dos meus colegas de seguradora, dos corretores que atendo. É uma onda de união que nos dá força e esperança para seguir”, finalizou.

A mobilização de todo o país para ajudar os atingidos pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul vem sendo crucial para amenizar os impactos devastadores do desastre. Companhias de Seguros estão agindo rapidamente para atender às necessidades dos seguros, oferecendo suporte logístico para auxiliar os segurados e também contribuir com a recuperação das áreas afetadas. As equipes avaliam danos, analisam os prejuízos e agilizam o processo de indenização, garantindo que as vítimas possam reconstruir suas vidas e propriedades o mais rápido possível. Além disso, o setor desempenha papel fundamental na conscientização sobre a importância da prevenção e da cobertura adequada contra desastres naturais.

Nesse sentido, a Tokio Marine Seguradora tem prezado pela agilidade no atendimento às vítimas das chuvas. A Companhia tem agilizado os processos de indenização, com alguns casos sendo resolvidos em menos de 24 horas. A Tokio também criou uma célula de atendimento virtual em São Paulo, permitindo que os segurados enviem documentos por meio digital para tornar o processo ainda mais rápido. Já a Zurich, está coordenando uma série de ações para apoiar os clientes, parceiros e a população das regiões afetadas. A seguradora prorrogou os contratos de seguros e pagamentos que tenham vencimento entre 1° e 10 de maio de 2024 para clientes de municípios afetados e ativou seu Fundo de Catástrofe, que está atuando juntamente com as entidades e autoridades locais para apoiar ações de assistência emergencial para a população diretamente afetada. A EZZE Seguros, seguindo a recomendação da CNseg, também prorrogou contratos de todos os segmentos com vencimentos entre os dias  1° e 10 de maio. A extensão do prazo também se aplica aos boletos emitidos com vencimento nesse período, sem prejuízo no atendimento das coberturas dos seguros.

O Mercado de Seguros gaúcho também movimentou-se para auxiliar as comunidades afetadas. Um grupo de apoio foi criado pelo Sindseg-RS em conjunto com o Sincor-RS, CVG-RS, Aconseg-RS, Sindicato dos Securitários do Rio Grande do Sul, Clube da Bolinha-RS, Clube da Pedrinha-RS, ENS, Clube das Gurias e as mídias CQCS, JRS e Seguro Gaúcho. Mais de 20 companhias de seguros aderiram a essa iniciativa solidária, que conta com a colaboração de diversos colaboradores voluntários dispostos a prestar assistência às famílias afetadas. É a solidariedade da comunidade seguradora gaúcha diante dos desafios enfrentados pela população em meio às adversidades climáticas. Segundo informações do Sindseg-RS, o movimento chamado de ‘SOS Chuvas RS’ arrecadou aproximadamente R$ 40 mil nas primeiras 24 horas de ação e agora atua no processo de reconstrução das vidas dos atingidos.

Segundo informações da Defesa Civil, 449 municípios do Rio Grande do Sul foram afetados pelas fortes chuvas. Mais de 538 pessoas ficaram desalojadas e mais de 76 mil estão vivendo em abrigos. Até então, foram registradas 149 mortes e ainda há 108 pessoas desaparecidas. As cidades afetadas enfrentam cenário de calamidade, com infraestruturas críticas e comprometidas.

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