Mercado de seguro tem crescimento digital fraco por desafios regulatórios

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Contratações on-line de seguros tiveram um aumento de 1,4% de janeiro a maio deste ano

Apesar da constante migração tecnológica de todos os setores da indústria, segmento segurador tem dificuldades de adaptação e, segundo especialista, até mesmo “corre risco de desaparecer”. As contratações on-line de seguros tiveram um aumento de 1,4% de janeiro a maio deste ano.

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Apesar do “amplo espaço” de crescimento no País, a necessidade de um corretor nas transações pode impedir produtos mais complexos de irem para o plano digital.

De acordo com Manuel Matos, coordenador do comitê de seguros on-line da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, apesar do mercado segurador já “caminhar a passos largos” para o meio digital, há ainda alguns obstáculos em sua validação. “Apenas há pouco tempo, nós conseguimos superar o desafio da validade jurídica. Mas ainda estamos tentando marcos regulatórios para a questão da fraude, por exemplo”, identifica. A expectativa da câmara é relativamente fraca, com um aumento de 1% nas vendas de seguros por meios digitais em junho, indo das 49 mil contratações vistas em maio para um total de 52 mil. “Os meses mais fortes tendem a ser em junho, quando o imposto de renda já está feito e o consumidor tem mais liberdade para contratar um seguro. E em dezembro, por conta do décimo terceiro salário”, conta Matos.

Segundo um estudo da Capgemini, os clientes entre 15 e 34 anos (geração Y) estão mais exigentes em relação aos meios digitais e, por isso, apresentam uma maior probabilidade de passarem por experiências negativas com suas seguradoras. O levantamento ressalta que, comparado às demais faixas etárias, a geração Y interage 2,5 vezes mais nas mídias sociais e até o dobro quando visto em dispositivos móveis. Além disso, aponta também que, 93,9% dos clientes brasileiros, considerando todas as idades, estariam dispostos a trocar de seguradora caso empresas de tecnologia orientadas à inovação (Fintechs) entrassem nessa indústria. “O mercado de seguros está subestimando, e muito, a dimensão da adoção das tecnologias conectadas. Apenas 16% das empresas acreditam que os clientes aceitarão carros sem motoristas, por exemplo, enquanto 23% dos clientes demonstram esse interesse. É importante que as seguradoras se adaptem às mudanças e aos avanços tecnológicos que atingem seus segmentos ou correm o risco de desaparecerem”, avalia Paulo Marcelo, CEO da própria Capgemini.

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*Com informações de DCI.

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