Legislação sobre dados amplia busca por proteção cibernética
Especialista explica os impactos disso no universo do seguro
O avanço dos riscos cibernéticos e a nova lei de proteção de dados pessoais geraram diversos questionamentos. O especialista em riscos cibernéticos da AIG Seguros, Tiago Lino, explica melhor os impactos disso no universo do seguro.
“A gente começou a receber mais demandas, cotações, eventos e treinamentos sobre o assunto. Então, estamos sempre em contato com associações e entidades de classe para poder divulgar esse seguro, que é novo e poucas pessoas conhecem. Por isso é importante quando você encontra um canal para poder falar sobre o seguro. Divulgar essa novidade e o que tem acontecido no mundo, bem como as empresas têm reagido à essa nova lei e como ela pode pode mudar a vida de um negócio”, explica Lino ao abordar o assunto à luz do mercado de seguros.
Para o especialista, a nova legislação sobre proteção de dados promove a adoção a processos mais transparentes e seguros, bem como ao blockchain. “Sempre que uma empresa coleta os dados, ela vai precisar armazená-los e informar o que serão feitos com os mesmos. Isso sempre foi necessário, mas agora existe uma lei que enxerga isso de uma forma um pouco mais clara. É preciso informar qual é a finalidade desses dados e em que ela vai divulgar ou como ela vai usar isso”, resume o especialista ao definir que o escândalo de vazamento de dados do Facebook com a Cambridge Analytica acelerou a aprovação de legislação sobre o tema.
Tiago Lino lembra que o seguro para proteção de dados não foi criado para atender a lei, uma vez que já havia sido disponibilizado previamente para o mercado. “Existem algumas coberturas que atendem a lei como multas, a questão de notificação e possíveis indenizações a usuários”, define. “A partir do momento em que uma empresa tem um banco de dados e realiza a gestão de informações confidenciais ela pode sofrer um ataque, como de ransomware, por exemplo. O custo para se recuperar dados perdidos ou um lucro cessante decorrente deste ataque, bem como a questão de gestão da imagem, que fica denegrida com o vazamento de informações. Além dos gastos com investigação, perito técnico e forense acabam configurando o seguro como uma camada adicional de proteção para a empresa”, finaliza.