Faturamento no comércio eletrônico brasileiro deverá ultrapassar 200 bilhões
A Autoavaliação das Corretoras de Seguros em Tecnologia – AVATEC, realizada pelo Sincor-SP no dia 21 de agosto, discutiu a transformação digital no setor de seguros. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o Brasil faturou R$ 186 bilhões em comércio eletrônico em 2023, com um ticket médio de R$ 470. As projeções indicam que, em 2024, o e-commerce ultrapassará a marca de R$ 200 bilhões, impulsionado por um aumento expressivo no número de consumidores virtuais.
O especialista em economia Francisco Galiza abordou a origem da AVATEC, destacando a importância dessa ferramenta no contexto atual. “A primeira edição do AVATEC foi lançada em 2020, um período crítico para o Brasil e o mundo devido à pandemia. O objetivo principal era permitir que as corretoras de seguros pudessem avaliar seu desempenho tecnológico de forma independente. Agora, em 2024, repetimos o estudo com o objetivo principal de desenvolver uma ferramenta para que as próprias corretoras de seguros pudessem avaliar os seus níveis tecnológicos das suas operações”, explicou Galiza.
A edição da pesquisa divulgada neste ano inclui dez indicadores que abordam aspectos fundamentais das operações das corretoras no que tange à tecnologia. Dentre esses, Galiza ressaltou elementos como sistemas de gestão, qualidade da conexão à internet e a digitalização de propostas. “Essa investigação abrangeu 674 corretoras de seguros que operam no estado de São Paulo. É um reflexo preciso da evolução tecnológica do setor nos últimos anos”, declarou Galiza.
O presidente do Sincor-SP, Boris Ber, também reforçou a importância da autoavaliação como ferramenta estratégica para as corretoras que desejam entender o cenário atual da distribuição de seguros e melhorar seus processos tecnológicos. “A pesquisa, que faz parte do Sistema de Informações Consolidadas – SINCO, é leitura fundamental para quem quer se aprofundar na análise de distribuição de seguros e no perfil tecnológico das corretoras de seguros”, comentou.
Ele ainda destacou a complexidade do setor no Brasil, onde diversos formatos de distribuição coexistem. “O tema é muito relevante e complexo no Brasil, porque há variados modelos de vendas de seguros: independentes, franquias, conglomerados de corretores e até entidades que prestam serviços na intermediação. A escolha de um desses modelos se dá em função de uma série de fatores, como produtos, tamanho das empresas envolvidas, localização geográfica e a própria cultura”, complementou o presidente.
Esse cenário impõe novas exigências aos profissionais securitários, que devem investir não só em tecnologia, mas também em estratégias competitivas em um mercado cada vez mais dinâmico.
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