Saúde suplementar tem alta representativa no número de exames de mapeamento de retina
Procedimentos passaram de 4,1 milhões, em 2019, para 7 milhões, em 2023, aponta estudo do IESS
Os cuidados com a visão, bem como a prevenção de problemas que podem comprometer a saúde ocular são fundamentais para uma boa qualidade de vida. Entre 2019 e 2023, o número de beneficiários com planos de saúde que realizaram exames de mapeamento de retina subiu de forma exponencial no País – passou de 4,1 milhões para 7 milhões, respectivamente. As informações são do Texto para Discussão nº 107 – Análise da saúde ocular na saúde suplementar: desafios e perspectivas, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
O procedimento, também conhecido como exame do fundo do olho ou fundoscopia, é um exame oftalmológico que permite avaliar a saúde da retina, do nervo óptico e dos vasos sanguíneos. Em 2020, primeiro ano da pandemia da Covid-19, observou-se alto crescimento desse tipo de exame, em movimento oposto ao observado com praticamente todos os outros procedimentos – de 4,1 milhões em 2019 para 4,6 milhões em 2020. Nos anos seguintes, as altas foram ainda mais significativas: 2021 (5,7 milhões), 2022 (6,6 milhões) até atingir a marca de 7 milhões no ano seguinte.
Os dados sobre saúde suplementar têm como base o Painel dos Dados do TISS (D-TISS) e também traz informações sobre cirurgias fistulizantes antiglaucomatosas, realizadas para tratar o glaucoma. A análise apura período um pouco maior, entre 2015 e 2023, e revela que também houve crescimento nesse tipo de procedimento, que passou de 8,1 mil para 12,7 mil, respectivamente.
“É preciso ficar atento com a saúde ocular. Para se ter uma ideia, a cegueira e a deficiência visual afetam cerca de 2,2 bilhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo que metade dos casos são previsíveis ou ainda não tratados. Portanto, a prevenção ainda é o melhor caminho, pois evita complicações, sabendo-se que a deficiência visual tem impacto significativo na qualidade de vida”, afirma o superintendente executivo do IESS, José Cechin.
De acordo com outro estudo produzido pelo IESS, “Número de consultas na saúde suplementa: evolução entre 2019 e 2022”, durante o período, houve queda de 5,7% em relação ao volume de consultas realizadas com oftalmologistas no Brasil – foram 15,7 milhões no primeiro ano e 14,8 milhões no último. O número representa cerca de uma consulta para cada três beneficiários, sendo registrada como a terceira especialidade com maior demanda, somente atrás de clínica médica e obstetrícia.
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