“Havia diálogo naquela época, algo que sinto falta atualmente”, afirma ex-ministro Pedro Malan

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Ele se refere à transição entre FHC e Lula em 2003; Autor participou de sessão de autógrafos em Porto Alegre

O ex-ministro da Fazenda Pedro Malan esteve na Capital gaúcha nesta terça-feira (12) durante sessão de autógrafos do seu primeiro livro, de nome “Uma certa ideia de Brasil”. Na oportunidade, ele comentou alguns aspectos a respeito da conjuntura econômica e política dos últimos 15 anos no país.

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Ele participou ativamente da transição entre os mandatos de Fernando Henrique Cardoso e Lula. “Havia diálogo naquela época, algo que sinto falta atualmente”, comentou. “Me sucedeu Antonio Palocci com uma equipe muito boa e foi fundamentalmente uma continuação da política macroeconômica do que FHC já vinha fazendo”, complementou. Em sua análise, “o Governo Lula se beneficiou de um contexto internacional extremamente favorável, de uma política macroeconômica não petista e de uma herança não maldita no legado de administrações anteriores”.

Para Malan, as dificuldades do país precisam ser vistas de forma aprofundada. “Existe muito a percepção de que algo que precisa ocorrer e uma vez estando no lugar, se resolve o resto; mas não é assim, o Brasil é um país extraordinário e complexo”, disse. Seu livro traz uma reflexão através de artigos que foram escritos mês a mês. “Não é alguém que está em 2019 e escreveu sobre os últimos 15 anos com esse benefício, ele foi escrito com um artigo por mês no calor da hora”, afirma ao salientar que o primeiro é de junho de 2003.

2019, para ele, será um ano crítico em vários sentidos. “O nosso problema está na área fiscal, mas temos problemas de curto, médio e longo prazo; o Brasil, quer nós tenhamos sucesso ou fracassemos nessa empreitada, nós seremos cada vez mais um estudo global”, acredita.

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“Uma certa ideia de Brasil: Entre passado e futuro”, de Pedro Malan, contou com a promoção do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Rio Grande do Sul (IBEF-RS) e patrocínio da Icatu Seguros e Rio Grande Seguros e Previdência. Em sua primeira sessão, os exemplares já foram esgotados.

Fotos: Matheus Henrique Pé/JRS

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