Setor de consórcios cresce e se consolida como complemento à previdência privada e seguros
Trata-se de uma excelente ferramenta financeira para obtenção e acúmulo de patrimônio
Comprar um imóvel, realizar uma obra, substituir um financiamento bancário para a redução das dívidas com altas taxas de juros, planejar a troca de um automóvel e até mesmo comprar imóveis no exterior, são algumas das ações que podem ser feitas por meio de consórcios. E a cada ano consolida-se como uma excelente ferramenta financeira para a obtenção e acúmulo de patrimônio, servindo como um complemento para quem tem planos de previdência ou seguros de vida.
Segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o início de 2019 registrou alta de 4,9% nas vendas de novas cotas do sistema de consórcios. Em janeiro, o número de participantes atingiu 191 mil contra 182 mil no mesmo mês do ano passado. Os correspondentes créditos comercializados avançaram 11,2%, saltando de R$ 7,014 bilhões (janeiro/2018) para R$ 7,801 bilhões (janeiro/2019). Estes resultados geraram crescimento nos seis setores: eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis (18,4%), serviços (9,4%), veículos pesados (9%), veículos leves (5,9%) e imóveis (5,6%) e motocicletas (2,9%). Com as altas indicadas em veículos leves, veículos pesados e motos, o segmento de automotores apresentou crescimento de 4,6%.
Já na categoria de imóveis, houve contemplados que iniciaram a formação de patrimônio, enquanto outros o ampliaram. Houve também quem preferiu adquirir imóveis para locação com o objetivo de auferir rendimentos extras e melhorar sua renda antes ou durante a aposentadoria. No primeiro mês do ano, os consorciados-trabalhadores, participantes dos grupos de consórcios de imóveis, utilizaram parcial ou totalmente seus saldos nas contas do FGTS, somando pouco mais de R$ 14,2 milhões.
“Com o aumento da confiança na economia por parte dos brasileiros, novos investimentos estão sendo colocados entre as prioridades das pessoas. O aumento da expectativa de vida, aliada a queda de juros e o aumento dos índices de empregabilidade têm feito com que muitos encontrem formas de garantir a sua estabilidade familiar e financeira, sendo a aquisição de imóveis e outros itens, e a obtenção de apólices de seguros de vida, alguns dos principais objetos de consumo”, destaca Mauro Lovalho, diretor da SEGASP Univalores, corretora de seguros de vida.
De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), em 2018 houve um crescimento real de 7,69% na movimentação de seguros de vida no Brasil, em comparação a 2017, sendo registrado mais de R$ 26,3 milhões.