Como os novos modelos de negócios influenciam no crescimento econômico

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César Saut e Oliver Cunningham abordaram o assunto

Os novos modelos de negócios em detrimento do desenvolvimento de novas tecnologias promovidas por startups foi o tema do Tá na Mesa, apresentado nesta quarta-feira (21) pelos empresários César Saut, vice-presidente da Icatu Seguros e presidente da Rio Grande Seguros e Previdência, e Oliver Cunningham, sócio da KPMG no Brasil.

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Segundo o estudo Global CEO Outlook 2018, publicado pela KPMG, 40% dos executivos entrevistados têm intenção de criar programas de aceleração de startups. Dentre eles, 38% pensam em colaborar com empresas inovadoras da mesma categoria. Saut destacou a dinamicidade dos modelos de negócios e a importância do investimento em ideias com propósito, enfatizando os modelos de investimento em sistemas de inovação ocorridos em Israel, que segundo ele, não desperdiça capital intelectual: “A Universidade de Israel se orgulha de ter registrado 9280 patentes, com mais de 75% dessas patentes ter se tornado negócios emergidos ou empresas. Um bom programa do exército de Israel nasceu da iniciativa privada de uma startup, o Waze, além de muitas outras”.

Oliver Cunningham e César Saut. Leonardo Ramos/JRS

Para o executivo, hoje as pessoas precisam aprender, desaprender e reaprender para não ficarem desatualizadas com as novas tecnologias que acabam inovando o mercado. “Um dos desafios que as pessoas enfrentam é o curto espaço de tempo para a adaptação às novas tecnologias”, destaca. Mas ele também ressalta que esse desafio advém das gerações nascidas e crescidas nas tecnologias analógicas. As gerações atuais, nascidas com o acesso ao conhecimento virtual ilimitado, e as próximas, estão aptas para a adaptação e a criação de novas estruturas de negócios. Saut destacou o crescimento econômico na China, Alemanha e Israel baseadas no investimento nas startups.

Oliver Cunningham abordou o conceito do modelo industrial promovido por Henry Ford e o seu desaparecimento mediante o desenvolvimento do pós-industrialismo. Para ele, as empresas estão vivendo uma ruptura estrutural gerando a crise do industrialismo: “Nos últimos dez anos as empresas industriais saíram da lista das empresas mais valiosas e as primeiras atuais são todas plataformas de negócios”. As novas empresas têm emergido de investimentos em startups gerando um ecossistema de negócios ligados entre si. “A KPMG migrou para um modelo de monitoramento de startups, tendo o caso de 3 mil startups no Brasil hoje, integrando com o ecossistema israelense com mais 8 mil, ligando com seguradoras chinesas e criando oferta de valor amarrando as pontas muito mais do que uma cadeia de valor clássica”, acrescentou.

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Cunningham vê ótimas projeções de desenvolvimento econômico no Rio Grande do Sul por meio desse novo sistema. Apresentou o programa Gaúcho Tech e o panorama inovador do Estado, que possui 26 categorias demonstrando crescimento acelerado nas camadas de inovação e 440 startups em níveis mais desenvolvidas, desenhando um novo perfil econômico do Estado e retendo a sua vocação histórica agroindustrial.

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