Saque do FGTS: como fazer seu dinheiro render mais

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Poupar ou fazer o dinheiro render com investimentos são excelentes opções

Os recursos de contas ativas e inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) começam a ser sacados a partir do próximo dia 13 de setembro para nascidos em janeiro, fevereiro, março e abril. Quem possui conta na Caixa Econômica Federal recebe o valor automaticamente. Os nascidos em maio, junho, julho e agosto têm direito a sacar os valores a partir do dia 27 de setembro. Os R$ 500 por conta poderão ser sacados pelos nascidos em setembro, outubro, novembro e dezembro a partir de 9 de outubro. É possível consultar o saldo no site do banco estatal.

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Entretanto muitas pessoas estão em dúvida sobre o que fazer com o valor ou se até mesmo solicitam a devolução ao Fundo. As solicitações neste sentido devem ser comunicadas à Caixa até abril de 2020.

Quem não possui conta poupança no banco estatal segue outro cronograma.

O pagamento vai até 31 de março de 2020. No caso do Programa Integração Social (PIS) não há prazo para sacar valores. São quase 11 milhões de pessoas com direito a sacar R$ 18,32 bilhões. Todos que estavam cadastrados no PIS até 4 de outubro de 1988 e possuem saldo poderão sacar. Quem tem crédito em conta na Caixa passa a receber a partir de 19 de agosto.

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Cerca de R$ 30 bilhões devem ser injetados na economia e 96 milhões de trabalhadores devem ser contemplados. O governo acredita que a liberação de recursos deve impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) em 0,35% ao longo dos próximos 12 meses. Além de anunciar a liberação de saques anuais, o governo informou que 100% do lucro do fundo passará a ser rateado entre os contribuintes.

Mas se você resolveu que vale a pena fazer o saque o consultor financeiro Leandro Rodrigues lembra que este dinheiro não deve ser considerado como um bônus. “Este valor é uma reserva e não deve ser gasto com bens de consumo. A orientação é poupar ou, no caso de existência de dívidas, o valor deve ser utilizado para quitá-las. Empresas recuperadoras de crédito aceitam de 10% a 20% do valor real da dívida como pagamento, mas para isso a pessoa deve impor uma proposta de quitação”, explica o especialista.

Outra opção é fazer o dinheiro trabalhar para você através de investimentos. “Neste caso é preciso levar em conta o tempo que o capital vai ficar imobilizado (investido). É preciso fazer o teste de perfil do investidor. A partir de 06 meses de investimento já é possível considerar opções de fundos do Tesouro Nacional. Existem inclusive cursos gratuitos com essa finalidade. Já acima de 10 anos é possível diversificar um pouco mais os investimentos como em renda variável ou fundos imobiliários. Isso exige um pouco mais de conhecimento e eles está ao alcance de todos”, completou o autor do livro Independência Financeira ao Alcance das Mãos.

No caso de fundos imobiliários as cotas são negociadas na Bolsa de Valores e contam com flutuações de preços diariamente, da mesma forma que as ações. “Os fundos são produtos primordialmente de distribuição de rendimentos. Estes não são afetados pelas flutuações de mercado. Quem quer investir precisa aprender sobre os diferentes tipos de fundos, como fundos de shoppings, prédios, logísticas, por exemplo. É importante analisar os fundamentos com cuidado, ou seja, entender que imóveis o fundo detém, que preço negocia e o que esse preço quer dizer em relação a comparativos de mercado. Também é indispensável considerar bons preços fundos com ativos de qualidade”, conta Fábio Carvalho, sócio da corretora Alianza.

Alguns cuidados são fundamentais, como entender qual é o gestor do fundo. “Como em qualquer fundo de investimentos, entender a experiência, estrutura e incentivos dos gestores é crucial”, completa Carvalho. Na opinião do executivo os fundos imobiliários são a forma mais eficiente para se investir em imóveis. “Os fundos associam um incentivo tributário sobre os rendimentos, com liquidez (que deter ativos imobiliários diretamente não permite), diversificação (com apenas uma cota de um FII o investidor tem exposição a um grande portfólio de imóveis que não teria acesso de outra forma), e gestão profissional”, argumenta.