Apólice de seguro eletrônica terá início em fevereiro, diz superintendente da Susep

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Na avaliação da superintendente da entidade, setor de seguros está 30 anos atrasado e precisa se modernizar

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) pretende implementar a chamada ‘apólice eletrônica’ de forma voluntária a partir de fevereiro, segundo a economista Solange Vieira, que comanda o regulador. Segundo ela, a partir de março, será mandatória para o segmento de grandes riscos.

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Oficialmente chamada de Sistema de Registro de Operações (SRO), a apólice eletrônica visa dar à autarquia e consumidores o acesso aos seus contratos de forma digital. O objetivo é reduzir o custo de observância, modernizar a captação de dados do setor e diminuir o risco de fraudes.

Esse projeto está parado na autarquia há dez anos, lembrou Solange, enquanto o setor de seguros está “absolutamente atrasado” em termos tecnológicos. “As plataformas tecnológicas terão de ser alteradas. Temos discutir como fazer”, afirmou, durante abertura de workshop sobre registro das operações, na Susep.

A superintendente afirmou que o setor segurador está pelo menos 30 anos atrasado em comparação com os bancos, e não oferece serviços via celular ou internet, por exemplo.

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“Temos que correr atrás do tempo que passou. Nessa corrida sobrevivem os melhores e espero que sobrevivamos todos”. Outro ponto defendido pela economista é uma menor desintermediação do setor, com a contratação de seguros via corretor de forma voluntária. A MP Verde e Amarela altera a regulação dos corretores, lembra.

O objetivo é ter um mercado mais ágil, mais regulamentado e com mais concorrência. A Susep também tenta fazer uma migração de um órgão hoje mais focado na fiscalização para um órgão de regulação.

“Acredito e entendo que se a regulação for bem feita, a parte de fiscalização pode ser muito menor. É para esse lado que queremos caminhar. Para isso, precisamos de informação, precisamos de dados e números para ver a efetividade”, disse.

 

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