Empresários de Curitiba pedem lockdown urgente na cidade
Formado por quase 200 comerciantes da cidade, o grupo teme que o sistema de saúde entre em colapso na capital
Na semana passada, a capital paranaense atingiu a marca de 85% dos leitos de UTI ocupados, número que acendeu o sinal de alerta na opinião pública. A explosão dos casos na cidade motivou a atuação do movimento “Fechados pela Vida”, composto por quase 200 comerciantes do setor de gastronomia, entretenimento, bares, salões e lojas.
O grupo optou por lançar um abaixo-assinado online, para angariar assinaturas e pressionar as autoridades a decretarem lockdown em Curitiba. Em poucas horas, o movimento conseguiu mais de 7 mil assinaturas na plataforma Change.org (https://bityli.com/6OtOb). “O poder público precisa agir rápido para evitar o colapso do sistema de saúde e ter um plano de ação para que o lockdown seja efetivo, com fiscalização ampla. Os casos cresceram assustadoramente nos últimos dias, não podemos mais perder tempo. Além disso, precisamos de mais apoio às pequenas empresas, que são as mais afetadas e as que menos receberam ajuda financeira”, comenta a empresária Janaína Santos, uma das organizadoras do movimento.
No manifesto publicado no abaixo-assinado, o movimento analisa o crescimento dos casos na cidade e critica a Prefeitura de Curitiba, que flexibilizou o fechamento do comércio e liberou o funcionamento de estabelecimentos de grande fluxo de pessoas, entre eles shoppings e igrejas. “O resultado hoje é claro: o aumento de pessoas infectadas e um sistema de saúde à beira do colapso. Precisamos que o lockdown seja adotado mais cedo possível, para que os efeitos econômicos, já enormes, sejam os menores possíveis”, diz o manifesto do “Fechados pela Vida”.
Além do lockdown imediato, o movimento pede controle do transporte público; plano de ação de combate à pandemia, com o estabelecimento de fases e períodos; plano econômico para sobrevivência de empresas, principalmente pequenas ou médias, profissionais autônomos e desempregados; desburocratização das linhas de crédito do BNDES, que são oferecidas pela Fomento Paraná; diretrizes para fiscalização de aglomerações e ambientes que possam ser de grande contágio, sejam eles públicos ou privados, para que as normas de distanciamento social sejam respeitadas; redução/subsídio de tributos municipais e estaduais; plano de reabertura baseado nos seis critérios de flexibilização da quarentena sugeridos pela OMS; e campanhas educativas para conscientização e educação da população em cada estágio do enfrentamento da pandemia.
Quem assinar o abaixo-assinado, pode acessar o link: Aqui. Mais informações nos perfis oficiais do “Movimento Fechados pela Vida” no Instagram, Facebook e Twitter ou pelo e-mail fechadospelavida@gmail.com.