Lucro da Mapfre cresce 23,4% no primeiro semestre do ano
Mesmo com o impacto da pandemia e com a redução no volume de prêmios, a Companhia obteve lucro líquido de 60 milhões de euros no período
A Mapfre Brasil apresentou lucro líquido de 60 milhões de euros (R$ 334 milhões) no primeiro semestre de 2020, um crescimento de 23,4% em relação ao mesmo período no ano passado. O resultado foi influenciado pela redução dos sinistros no mês de junho nos ramos de Automóveis e Agronegócio, apesar de terem aumentado em outros, como Riscos Simples e Industriais. O destaque positivo do período ficou por conta da boa evolução do resultado em Automóveis, que fechou o semestre com um lucro de 4,2 milhões de euros (R$ 23,4 milhões).
O volume de prêmios da companhia no Brasil ficou em 1,612 bilhão de euros (R$ 8,93 bilhões), 21,6% a menos que no mesmo semestre do ano anterior. Durante o período, a Mapfre registrou 768 milhões de euros (R$ 4,2 bilhões) em Seguros Gerais (-6%), 610 milhões de euros (R$ 3,38 bilhões) em Vida (-21%) e 233 milhões de euros (R$ 1,34 bilhão) em Automóveis (-49%).
“O Brasil é um dos países mais estratégicos para a operação da Mapfre no mundo e o que possui um dos maiores potenciais de crescimento do setor de seguros. Desde o início da pandemia de COVID-19, a companhia vem mobilizando recursos e adotando medidas para garantir tanto a proteção de seus públicos como para assegurar a continuidade de seu negócio. Estamos em processo de retomada das nossas operações presenciais e de forma gradual e responsável confiamos que os impactos pontuais apresentados durante o primeiro semestre tendem a ser superados nos próximos meses”, afirma o CEO da Mapfre Brasil, Fernando Pérez-Serrabona.
“Nos mantemos focados em nossa estratégia de oferecer um portfólio completo de produtos, adequado à nova realidade do consumidor brasileiro, e atrelado à melhoria da eficiência operacional”, ressalta Serrabona.
A Mapfre no mundo
A receita global da Mapfre no acumulado do primeiro semestre de 2020 chegou a 13,277 bilhões de euros (R$ 79,67 bilhões), uma queda de 11,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os prêmios ficaram em 10,983 bilhões de euros (R$ 65,9 bilhões), 12,3% a menos. Os resultados são reflexo do cenário de queda da atividade econômica causada pela crise da COVID-19 no mundo, que iniciou na metade de março e atingiu o pico durante o segundo trimestre do ano, afetando todos os países.
O lucro também esteve condicionado a essa situação e o resultado do Grupo no fechamento de junho ficou em 271 milhões de euros (R$ 1,62 bilhão), 27,7% inferior ao obtido entre janeiro e junho do ano anterior.
O resultado está fortemente impactado pelos sinistros da COVID-19 registrados na Unidade de Resseguro, cujos custos aumentaram em 87 milhões de euros brutos (R$ 522 milhões), assim como pelos terremotos em Porto Rico (83 milhões de euros brutos, equivalente a R$ 498 milhões) e a tempestade Glória na Espanha (22 milhões de euros brutos, equivalente a R$ 132 milhões). Estima-se que o efeito da COVID-19 nas unidades de seguro seja neutro para a Mapfre, com a diminuição da frequência dos sinistros de Automóveis, o que compensa os sinistros diretos em Mortes e Saúde, principalmente.