A responsabilização executiva e a atenção aos riscos ESG

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Confira artigo de Ana Cristina Albuquerque, Head de linhas financeiras da Willis Towers Watson Brasil

À medida que as empresas enfrentam uma pressão crescente para abordar questões ambientais, sociais e de governança (ESG) é preciso estar atento também a responsabilização dos líderes nas decisões tomadas com base nesses critérios. Os diretores passaram a ficar expostos a possíveis reivindicações de acionistas que apontem falhas ou omissões nesses quesitos e que podem representar prejuízos financeiros e de imagem para a companhia.

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Uma pesquisa feita pela consultoria Betania Tanure Associados mostrou que 88% dos líderes empresariais brasileiros acreditam que as ações de ESG têm impacto para a reputação das companhias e 72% acham que influenciam em seus resultados financeiros. Diante disso alguns executivos já buscam ampliar sua proteção por meio de produtos como o seguro D&O, que protege em caso de ação judicial por atos de gestão praticados no exercício do cargo.

Neste quesito, as seguradoras podem desempenhar um papel importante com uma gestão de riscos ESG mais ampla que incentive mudanças e a implementação de estratégias mais resilientes. Apesar de os aspectos de governança em ESG sempre terem sido considerados pelo mercado segurador, agora vemos as seguradoras mais atentas e exigentes, fazendo perguntas mais detalhadas para as organizações, o que também acaba sendo um modo de fazer com que ações mais concretas sejam realizadas.

Vemos uma maior movimentação por parte das empresas que possuem alta exposição ambiental e por isso recebem uma pressão maior como as mineradoras, siderúrgica e algumas do setor de energia. Mas as questões sociais também ganharam importância depois de acontecimentos importantes como os movimentos #MeToo e Black Lives Matters, juntamente com considerações de diversidade, equidade e inclusão.

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O bem-estar social continua sendo um critério de grande peso desde a pandemia. As empresas estão sendo pressionadas a investir mais na qualidade de vida de seus funcionários e a manter um ambiente de trabalho mais equilibrado. Isso tem sido observado pelo mercado de trabalho e se tornou um critério de atração e retenção de talentos.

Para tornar o gerenciamento de riscos mais efetivo as empresas podem contar com a ajuda de profissionais especializados para desenvolver ações como, por exemplo, uma pesquisa de fatores de risco de responsabilidade climática, investigar o impacto da diversidade do conselho e incluir medidas ESG na remuneração executiva.

É provável que as questões ESG continuem ocupando uma posição de prioridade nas estratégias das empresas. Não há mais espaço para omissão, é preciso provar que ações concretas estejam sendo desenvolvidas. E diante disso, é importante que os líderes estejam protegidos de reivindicações das mais variadas naturezas.

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