Allianz aumenta em 24,2% o lucro operacional e chega a 3,7 bilhões de euros

Meta do lucro operacional de 2023 é confirmada em 14,2 bilhões de euros, mais ou menos 1 bilhão de euros2

“Nós podemos ficar orgulhosos do nosso lucro operacional e nossos resultados, um reflexo da nossa força, nossas competências e a execução consistente da nossa estratégia. Mais uma vez, fomos beneficiados pelo nosso mix de negócios diversificado e entregamos um desempenho particularmente forte no segmento de Ramos Elementares (P&C), puxado por uma precificação robusta, contínua disciplina na subscrição e foco na ampliação dos ganhos de produtividade. Nossa forte rentabilidade e capitalização destacam a aspiração de continuarmos sendo o parceiro de confiança dos nossos clientes para garantirem seu futuro, enquanto eles passam um período de hesitação e incerteza”, Oliver Bäte, CEO do Grupo Allianz.

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Nota: os resultados financeiros se baseiam nas novas normas contábeis internacionais IFRS 9 (Instrumentos Financeiros) e IFRS 17 (Contratos de Seguro), as quais foram adotadas a partir de 1º de janeiro de 2023. Os períodos comparativos foram ajustados para refletir a aplicação dessas novas normas contábeis.

1 Excluindo a aplicação de medidas transicionais para provisões técnicas.

2 Como sempre, catástrofes naturais e desdobramentos adversos nos mercados de capitais, assim como os fatores apontados na nossa nota de advertência com relação a declarações prospectivas, podem afetar seriamente o lucro operacional e/ou o lucro líquido das nossas operações e os resultados do Grupo Allianz.

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DESTAQUES FINANCEIROS

Receitas totais

1T 2023: As receitas totais subiram 3,9% e alcançaram 46 bilhões de euros, impulsionadas pelo segmento de Ramos Elementares (P&C) que se beneficiou dos preços e volumes mais elevados. Esse resultado foi parcialmente compensado pelo menor volume de receitas no segmento Vida e Saúde, primariamente devido aos volumes menores em produtos de prêmio único (single-premium) e ao decréscimo nos ativos sob gestão (AuM) no nosso segmento de Gestão de Patrimônio.

O crescimento da receita interna, com os ajustes por transposição cambial e efeitos de consolidação, permaneceu forte registrando 3,5%, puxado pelo segmento de Ramos Elementares (P&C).

Lucros

1T 2023: O Lucro operacional saltou 24,2% e totalizou 3,7 (1T 2002: 3,0) bilhões de euros. Isso se deveu a um resultado mais elevado em nossas operações nos EUA no segmento Vida e Saúde, e ao resultado mais forte do serviço de seguro do segmento de atividade de Ramos Elementares (P&C). Isso foi parcialmente neutralizado pelo segmento de Gestão de Patrimônio devido às receitas reduzidas provenientes dos bens sob gestão e a um rácio de custos/receitas (CIR) mais elevado.

O resultado líquido de shareholders’ core foi forte, registrando 2,2 (1T 2022: 0,4) bilhões de euros, devido tanto ao lucro operacional mais alto como a um melhor resultado não operacional. O resultado não operacional no ano anterior foi impactado por uma provisão relacionada à questão dos fundos estruturados Alpha da AllianzGI nos EUA.

O lucro líquido atribuível aos acionistas foi de 2,0 (1T 2022: 0,5) bilhões de euros, num aumento substancial em parte devido à provisão acima mencionada.

O core earnings per share (Core EPS)3 foi de 5,43 (1T 2022: 1,02) euros.

O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RoE) anualizado foi de 15,6% (ano cheio de 2022: 12,7%).

Em 10 de maio de 2023, a Allianz anunciou um novo programa de recompra de ações de até 1,5 bilhão de euros. O programa deverá ter início no final de maio de 2023 e será encerrado em 31 de dezembro de 2023.

Coeficiente de capitalização Solvency II

O Coeficiente de capitalização Solvency II foi de 206% ao final do 1T 2023, comparado aos 201% no final do 4T 2022. Incluindo a aplicação de medidas transicionais para provisões técnicas, o coeficiente de capitalização Solvency II foi de 232% ao final do primeiro trimestre de 2023, comparado a 230% no final do quarto trimestre de 2022.

3 Cálculos de EPS e RoE baseados no lucro líquido Core dos acionistas.

DESTAQUES POR SEGMENTO

“Os resultados da Allianz no primeiro trimestre demonstraram um forte desempenho e comprovada resiliência em todos os segmentos. Aplicando pela primeira vez as regras IFRS 9 e 17, nós entregamos nossos resultados com ainda mais clareza e transparência, e provamos nossa capacidade de criar valor.

Nossa atividade nos Ramos Elementares (P&C) apresentou excelente crescimento interno, impulsionado pela precificação saudável, que contribuiu para neutralizar o impacto da inflação. O aumento significativo no lucro operacional se deve à nossa estrita disciplina na subscrição e ao foco nos ganhos de produtividade.
A criação de valor em Vida e Saúde é acentuada. Nossa rentabilidade aqui se apoia em grande parte na solidez da nossa atividade em curso, bem como na robustez do valor dos novos negócios (NBV).
Nossa ativa Gestão de Patrimônio registrou 14,9 bilhões de euros em ingressos e nossos ativos de terceiros sob gestão atingiram 1,7 trilhão de euros. Esses números prenunciam sólido desenvolvimento em rentabilidade.
Confirmamos nossa previsão para o ano de um lucro operacional de 14,2 bilhões de euros, mais ou menos 1 bilhão de euros”, Giulio Terzariol, CFO do Grupo Allianz.

Ramos Elementares (P&C): crescimento dinâmico

1T 2023: As Receitas totais cresceram 11,2% elevando-se a 24,1 (21,7) bilhões de euros.

Com os ajustes por transposição cambial e efeitos de consolidação, o crescimento interno foi acentuado registrando 11,1%, sustentado pelo efeito de volume de 5,0%, pelo efeito preço de 5,6%, assim como por um efeito da comissão de serviço de 0,5%. As maiores contribuições para esse crescimento vieram de AGCS, Turquia, Allianz Partners e Alemanha.

O lucro operacional teve alta de 22,7% e atingiu 1,9 (1,5) bilhão de euros, graças ao resultado operacional mais elevado no serviço de seguro, o que foi parcialmente compensado pelo resultado operacional ligeiramente mais baixo do investimento.

O índice combinado teve melhora de 1,9 ponto percentual alcançando 91,9% (93,8%). O índice de sinistralidade se beneficiou de um maior efeito de atualização (discounting effect) e de um menor número de sinistros devido a catástrofes naturais. Isso foi parcialmente neutralizado pelo resultado menor do run-off. O rácio de despesas teve melhora de 0,5 pontos percentuais ficando em 24,9% (25,4%).

Vida e Saúde: excelente margem nos novos negócios

1T 2023: O PVNBP, valor atual dos prêmios dos novos negócios, totalizou 18,5 (21,1) bilhões de euros, impulsionado primariamente por volumes menores em produtos com prêmio único na Alemanha e na Itália, e isso foi ligeiramente compensado pelo aumento nos volumes nos EUA, graças ao resultado da promoção de vendas das pensões vitalícias a índice fixo. Outros decréscimos na Alemanha foram motivados por impactos econômicos, basicamente por conta de descontos mais elevados em prêmios recorrentes.

O lucro operacional subiu para 1,3 (0,8) bilhão de euros, beneficiando-se sobretudo de um melhor resultado nos Estados Unidos. A publicação da Margem de Serviço Contratual (CSM) ficou estável e em linha com as expectativas.

A Margem de Serviço Contratual (CSM) com 52,4 bilhões de euros teve alta de 0,2 bilhão de euros desde o final de 2022. O valor dos novos negócios permaneceu saudável e o retorno das atividades em curso (in-force return) resultaram em um sólido crescimento normalizado de 1,1% no primeiro trimestre.

A margem de novos negócios (NBM) cresceu 5,5% (4,9%), impulsionada por um mix de negócios aprimorado e por taxas de juros mais altas. O valor dos novos negócios (VNB) permaneceu estável em 1,0 (1,0) bilhão de euros.

Gestão de Ativos: captação líquida positiva

1T 2023: As receitas operacionais foram de 1,9 bilhão de euros, registrando recuo de 8,1%. As comissões de desempenho mais altas foram mais do que compensadas por receitas menores provenientes dos bens sob gestão (AuM).

O lucro operacional foi de 723 (832) milhões de euros, num declínio de 13,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com os ajustes para efeito de transposição cambial, o lucro operacional teve diminuição de 16%. E a relação custo-rendimento (CIR) subiu para 62,0% (59,7%).

Os ativos de terceiros sob gestão totalizavam 1,668 trilhão de euros em 31 de março de 2023, um aumento de 33 bilhões de euros desde o final de 2022. Ingressos líquidos positivos de 14,9 bilhões de euros e impactos de mercado favoráveis de 42,2 bilhões de euros foram parcialmente compensados por efeitos negativos de transposição cambial de 23,4 bilhões de euros.

O total dos ativos sob gestão foi de 2,174 trilhões de euros no final do primeiro trimestre de 2023, refletindo a tendência dos ativos de terceiros sob gestão.

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