Almoço do SindsegSC reúne lideranças para balanço do setor e debate sobre eventos climáticos extremos
As consequências das mudanças climáticas e sua influência no mercado segurador foram temas discutidos durante um encontro realizado em Blumenau no dia 20 de agosto. João Amato, presidente do Sindicato das Seguradoras de Santa Catarina (SindsegSC) para o triênio 2022-2025, foi o anfitrião do almoço especial, que reuniu líderes do setor, autoridades e jornalistas de várias partes do país. Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), fez uma análise detalhada dos recentes desastres provocados pelas chuvas no Rio Grande do Sul e das medidas adotadas pelo setor segurador diante dos desafios climáticos.
Além de marcar o início das comemorações pelos 100 anos do SindsegSC, o encontro, dividido em duas partes, também foi uma oportunidade para avaliar o desempenho da indústria securitária no primeiro semestre de 2024. Na coletiva de imprensa, João Amato ressaltou a relevância da comunicação no setor, valorizando a função dos jornalistas na disseminação de informações para a sociedade.
“Eu gostaria de fazer a abertura agradecendo a presença de vocês e ressaltando o quanto é importante para nós do mercado de seguros, a proximidade com vocês da comunicação. Vocês são um elo entre nós e a sociedade, e têm um alcance muito grande. Então, temos esta missão, sim, de estarmos cada vez mais próximos”, disse João Amato.
A necessidade de adaptar os modelos de negócio das seguradoras para lidar com os novos riscos foi um dos temas abordados por Dyogo Oliveira. “O Dyogo mudou hoje como atuamos, porque aproximou ainda mais as seguradoras do povo brasileiro, levando a linguagem mais simples, levando a preocupação genuína com a segurança”, complementou.
Setor de seguros durante o primeiro semestre de 2024
O mercado de seguros brasileiro apresentou um crescimento no primeiro semestre de 2024, impulsionado principalmente por eventos climáticos extremos, como as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. De acordo com dados da CNSeg, o setor pagou quase R$100 bilhões em indenizações, resgates e benefícios até maio, um aumento de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No Rio Grande do Sul, as indenizações de maio somaram aproximadamente R$1,9 bilhão, um aumento de 175,2% em relação ao ano anterior. O seguro Automóvel liderou, com um salto de 416,5% e indenizações que totalizaram R$925,7 milhões. Seguros Patrimoniais e Rurais também tiveram altas expressivas, de 1.234% e 112,7%, respectivamente. Enquanto isso, o seguro habitacional teve um crescimento de 1.713,9%, alcançando um montante total de R$86,9 milhões em desembolsos.
A situação acende um alerta para outros estados, como Santa Catarina, que também é vulnerável a eventos climáticos extremos. O setor de seguros catarinense movimentou R$7,4 bilhões até maio, com destaque para o seguro Automóvel. “Esses dados nos levam a projetar de olho nas mudanças. Cada vez mais precisamos estar preparados para os riscos dos fenômenos naturais em nosso território”, pontua o presidente do SindsegSC, João Amato.
Dyogo Oliveira também ressaltou a nobreza do setor de seguros e seu papel fundamental na proteção das pessoas. “Um número maior de pessoas atende cada vez mais à população brasileira e cumpre um papel, um papel normal do setor de seguros, que é super nobre, de defesa da vida, da qualidade de vida, das famílias, das empresas, dos negócios, dos empregos. No fundo, eu digo que o seguro é um negócio de cuidar de pessoas; passamos o dia inteiro cuidando de pessoas através dos nossos produtos”, afirmou.
O 3º Almoço do Mercado Segurador marcou o lançamento do selo comemorativo dos 100 anos do SindsegSC. Desenvolvido pela agência LMCO com números conceituais e o símbolo do infinito, representa a trajetória duradoura do sindicato no mercado de seguros. Além dos debates sobre o futuro do setor, o momento serviu como uma celebração da história e dos desafios superados pela entidade.