Apenas 10% dos baianos possuem seguro residencial

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Crescimento da modalidade na Bahia nos últimos três anos foi de 16%

Apesar do crescimento médio, nos últimos três anos, de 16% em todo o estado, o seguro residencial ainda é desconhecido pela maior parte da população baiana, que acaba associando o serviço ao tradicional seguro de veículo e acredita que vai acabar tendo que, mais uma vez, pagar caro para ter seu imóvel segurado. O resultado disso é que, de acordo com dados do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado da Bahia (Sincor-BA), apenas 10% das residências no estado possuem este tipo de seguro.

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“As pessoas acabam fazendo analogia com o carro, mas há uma falta de conhecimento geral sobre o seguro residencial, que custa, anualmente, cerca de 1% do valor do imóvel. Ou seja, se a pessoa tem um apartamento que custa R$ 300 mil, ela vai pagar, por ano, entre R$ 300 e R$ 350. É bastante vantajoso”, disse Wanderson Gomes do Nascimento, presidente do Sincor-BA. Para quem adquire o produto, benefícios como o bem-estar e a segurança proporcionados são levados em consideração.

As vantagens, segundo ele, são diversas, que podem variar de uma cobertura básica, que cobre desde incêndios, explosões e roubos, passando por cobertura de vidros e danos elétricos até cobrir danos causados a terceiros. Em alguns casos, também há a assistência 24 horas, em que profissionais como chaveiros, eletricistas e encanadores são chamados para resolver questões mais urgentes. “Vai depender muito da necessidade de cada um, mas ninguém faz qualquer tipo de seguro pensando apenas na assistência 24 horas”, pontuou.

Crescimento

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De acordo com dados de Fenacor, Federação nacional que representa os corretores de seguros privados, capitalização, previdência, entre outros, o volume de negócios de seguros residenciais movimentou bilhões de reais em 2016. Até março deste ano, já foram movimentados mais de R$ 632 milhões em prêmios. Além disso, foram gerados mais de 250 mil empregos e, atualmente, 114 seguradoras pelo Brasil estão aptas a oferecer o serviço.

Contudo, apesar das perspectivas, apenas 9% das residências, em todo o país, possuem seguro desemprego, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão federal que responde pelo controle e fiscalização do setor. Os seguros privados no país estão subordinados ao Decreto Lei 73 de 21 de novembro de 1966, o mesmo que criou a superintendência. No geral, segmento corresponde a 6,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o que mostra que o segmento, mesmo diante da crise, vem conseguindo se superar.

“Acredito que aqui na Bahia, o crescimento médio deve se manter o mesmo do que já vem sendo apresentado, apesar de os números ainda estarem aquém do que a gente espera. Várias seguradoras tem interesse por se tratar de um produto de baixa sinistralidade”, disse Nascimento, referindo-se aos prejuízos ou desastres que possam vir a ocorrer em uma residência. “Muitas dessas seguradoras até incentivam a fazer o seguro de automóvel junto ao residencial”, salientou.

Uma recomendação dada pelo presidente do Sincor-BA é a de que, antes de partir para realizar o seguro residencial, o interessado deve procurar um corretor habilitado. “Ele será um consultor que vai prestar este tipo de serviço. Pode ser tiro no pé, por outro lado, fazer a aquisição deste serviço em bancos, pois o funcionário pode não ser habilitado para tal, além de ter somente o objetivo de bater metas”, ponderou.

Outro cuidado, além da escolha da seguradora, é prestar a atenção na apólice do seguro antes de fechar negócio. De acordo com especialistas da área, é importante também realizar pesquisas, verificar o nível de satisfação de outros consumidores com o serviço. Já para o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a recomendação é a de que o consumidor fique atento ao questionário de avaliação de riscos, que são perguntas feitas pela seguradora com o intuito de calcular o valor do seguro tendo o documento como base. Por último, a dica é não levar em consideração o preço mais baixo que for oferecido, pois é necessário que, de fato, o usuário receba o que contratou quando precisar. Do contrário, o barato pode sair caro.

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