“Apenas 20% da área cultivada no Brasil está segurada”, destaca Edward Lange durante evento do Sindseg PR/MS

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O CEO da Sancor Seguros Brasil, Edward Lange, abordou o potencial do seguro agrícola no Brasil durante o Ciclo de Palestras do Sindicato das Seguradoras do Paraná e Mato Grosso do Sul (Sindseg PR/MS). O evento, que aconteceu na terça-feira, 16 de abril, em Curitiba (PR), é a terceira edição da ação que faz parte da comemoração do Centenário da entidade. 

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Icatu Seguros no JRS

Lange, que lidera a operação brasileira da seguradora de origem Argentina, abordou questões como eventos climáticos, segurança alimentar e o consequente potencial do mercado de seguros voltado para o agro. Ele destacou que o ano de 2023 foi o mais quente dos últimos 150 anos, evidenciando a urgência de enfrentar as mudanças climáticas. “Teremos um aumento significativo na frequência de eventos climáticos extremos até o ano de 2050, alertando para a necessidade de preocupação por parte do setor de seguros”, comentou. 

Além dos desafios climáticos, o CEO da Sancor também abordou a evolução esperada da população mundial para os próximos 25 anos, com um aumento estimado de 80 milhões de pessoas por ano, chegando a 9,5 bilhões em 2050. “Quem será responsável por alimentar essa população crescente?”, questionou.

Crédito das fotos: Divulgação/Sancor

Para o executivo, no contexto dos desafios climáticos, fica evidenciada a importância da segurança alimentar e do papel fundamental do setor agrícola brasileiro. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de produtos agrícolas do mundo, sendo capaz de alimentar mais de 1 bilhão de pessoas, mas segundo ele, não vem dando o devido cuidado à sua produção tanto do ponto de vista do investimento do governo em subvenção, quanto na conscientização dos produtores sobre a necessidade do seguro agrícola. “Apenas 20% da área cultivada no Brasil está segurada, na Argentina, 60%”, comparou. “A sinistralidade deste segmento no Brasil nos últimos cinco anos foi de 100%. Na Argentina, com 60% de área protegida e uma massa crítica maior e diversificação melhor, a sinistralidade foi a 58% para os mesmos últimos cinco anos. Uma diferença estrutural importante, relacionada à baixa penetração que o seguro tem”, avaliou. 

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Em relação ao mercado de seguros agro, Lange destacou o crescimento nos últimos anos, com o seguro rural representando cerca de 11,2% da arrecadação de prêmios do mercado de seguros em 2023. “O seguro agro representa 11,2% do mercado de seguros, enquanto que o agronegócio 25% do PIB, ou seja, existe ainda um potencial muito grande de crescimento desse segmento”, comparou. “O planeta está com alguns desafios muito grandes e o Brasil tem a capacidade de contribuir significativamente. O mercado segurador tem um rol essencial nessa jornada e cada um de nós no ecossistema securitário precisamos atuar com determinação para esse objetivo e para deixarmos um planeta melhor para nossos filhos e próximas gerações”, finalizou. 

No evento, além do CEO da Sancor Seguros Brasil, estiveram presentes o CCO, Paulo Dawibida, e sua equipe comercial, responsável pelo atendimento dos corretores de seguros na capital paranaense.

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