“As empresas que contam com seguro serão as primeiras a se reerguer”, alerta presidente do Sincor-RS

Os impactos das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul em maio ainda são percebidos em todo o estado. Além dos danos evidentes nas vias e localidades, a situação trágica ressaltou a falta de seguro empresarial. Segundo informações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado (Sedec), 85% das companhias no Rio Grande do Sul lidam com as dificuldades cotidianas sem contar com nenhum tipo de proteção contra imprevistos.

Publicidade

Em entrevista ao JRS, o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio Grande do Sul (Sincor-RS), André Thozeski, descreveu o período como extremamente atípico, caracterizado por uma carga de trabalho e uma demanda sem precedentes que ultrapassaram todas as expectativas. “O impacto é incalculável. Trabalhávamos com expectativas, com um número próximo de 17% da massa de empresas no estado do Rio Grande do Sul que efetivamente tinham algum seguro de suas operações. Essa notícia confirma a nossa estimativa. Cerca de 85% das empresas gaúchas não contam com nenhum tipo de seguro”, comenta Thozeski.

A liderança dos corretores de seguros explica ainda que das poucas instituições que possuem seguro, a maioria tem apenas coberturas básicas, como incêndio e ventos fortes, que muitas vezes não são suficientes para cobrir danos mais extensos. Thozeski ressalta a importância da garantia abrangente para uma recuperação eficiente após uma tragédia. “São as empresas que contam com uma cobertura de seguro que serão as primeiras a se reerguer após a tragédia, mas infelizmente, é uma minoria dos empresários que estão de fato protegidos”, enfatiza.

O especialista também alerta para os desafios econômicos adicionais após a tragédia. “O desafio é absurdo. Não só perderam suas estruturas físicas, como prédios, estoques e equipamentos, mas também enfrentarão um longo período de prejuízos em seu próprio fluxo de negócios. As empresas que buscaram a contratação de coberturas efetivas para suas necessidades certamente se restabelecerão e se reerguerão de forma muito mais rápida e ágil”, finaliza.

Artigos Relacionados