Atividade industrial gaúcha começa segundo semestre em alta

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Pesquisa da FIERGS mostra IDI-RS com crescimento de 2,5%

O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), divulgado nessa sexta-feira (2) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), obteve a segunda alta consecutiva e subiu 2,5% em julho, na comparação com o mês anterior, feito o ajuste sazonal. Isso levou a atividade do setor ao maior nível desde outubro de 2014, e 12,1% acima de fevereiro de 2020, antes do início da pandemia. “Voltar ao patamar de atividade de oito anos atrás é algo muito positivo, mas também uma evidência de uma longa crise no setor e que começa a mostrar forças para se recuperar. A indústria foi fortemente impactada pela crise brasileira iniciada em 2014 e que durou até 2016, sendo que quando começava a reagir veio a pandemia”, diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.

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Apenas três das seis variáveis que compões o IDI-RS apresentaram desempenho positivo em julho: a alta mais expressiva foi das compras industriais, com 9,3% de aumento, que mostram muita volatilidade por causa das dificuldades do setor com a cadeia de suprimentos. A massa salarial teve uma elevação de 2,2% e o emprego, 0,6%, a 26ª consecutiva. Em sentido oposto, faturamento real e horas trabalhadas na produção caíram 0,9% e 0,4%, respectivamente, enquanto a utilização da capacidade instalada, com grau médio de 80,4%, perdeu 0,5 ponto percentual. “Apesar de a pesquisa trazer resultados importantes, que apontam para uma recuperação gradual da indústria depois de superado o momento mais grave da crise provocada pela pandemia, há outros fatores a serem considerados. O emprego e a massa salarial, por exemplo, cresceram, mas as horas trabalhadas na produção e utilização da capacidade instalada, caíram”, afirma.

Na comparação anual, o IDI-RS registrou, em julho, o 23º crescimento consecutivo em relação a junho: 5,3%.  No acumulado dos sete primeiros meses de 2022, o nível de atividade ficou 4,5% acima do mesmo período de 2021. Houve alta em cinco dos seis componentes analisados: horas trabalhadas na produção (8,6%), massa salarial (7,8%), emprego (6,5%), compras industriais (4,6%) e faturamento real (4%). Apenas a UCI caiu, 1,1 ponto percentual.

Setores

Setorialmente, o quadro é heterogêneo no acumulado do ano até julho. Entre os 16 setores analisados, o nível de atividade cresceu em nove. Veículos automotores (14,8%), Couros e calçados (13,2%), Máquinas e equipamentos (10%) e Tabaco (19,5%) são os destaques pelas contribuições dadas à indústria como um todo. O lado negativo mostrou as quedas de Produtos de metal (-3,3%), Móveis (-6,3%) e Metalurgia (-11%) como as mais importantes.

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Mais informações em https://www.fiergs.org.br/numeros-da-industria/indicadores-industriais.

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