Banco de investimentos recomenda ações do IRB Brasil RE
UBS destaca maior rentabilidade do setor de resseguros garantido pela empresa
A bolsa brasileira de valores segue impulsionada, diariamente atingindo recordes de pontuação. A ação do IRB Brasil RE encerrou o dia ontem cotada a R$ 38. O valor chama a atenção, ainda mais com a divulgação de um relatório do banco de investimentos UBS, que recomenda a compra de títulos do IRB.
Além de sólido perfil de resiliência e potencial para crescimento de receitas, o IRB “é nossa principal escolha em Finanças Diversificadas na América Latina”, aponta a análise. Trata-se do player líder em resseguros e com a melhor lucratividade do setor no Brasil.
“Iniciamos a cobertura no IRB com uma classificação de compra e uma meta de preço de R$ 45,00. Nossa perspectiva positiva para a empresa está baseada em diversos fatores. Primeiro, acreditamos que o IRB pode ser beneficiado com a baixa penetração de seguro na América Latina (3% de prêmio/PIB) e com a recuperação macroeconômica brasileira (PIB +3,1% estimados para 2018)”, informa.
Outro ponto crucial para a recomendação são as vantagens competitivas do IRB:
- a) alta capacidade de precificação (>70 anos de histórico em sinistros)
- b) melhor mix de produtos (sua liderança possibilita selecionar um nível ideal de risco em cada segmento)
- c) excelente atendimento ao cliente devido à autoridade local (controle mais rápido de sinistros)
- d) o IRB não corre quaisquer riscos de câmbio estrangeiro (o resseguro brasileiro é feito em R$)
“Em terceiro lugar, a valorização parece atraente em 12x EPS (lucro por ação) (em comparação com 12x para o resseguro mundial), com ROE (retorno sobre patrimônio) de 27,1% estimado em 2018-20 (12,9% para as instituições mundiais do mesmo segmento). Vemos um potencial para alta, uma vez que o mercado aprecia o alto ROE, mas não o potencial de desenvolvimento da empresa, em nossa opinião”, completa o relatório.
Com resistência a rebaixamentos e bom potencial de desenvolvimento, o IRB é a principal escolha do Banco UBS, seguido de Porto, BBSE e SulA. “Seguros são nosso subsetor de preferência, vide a perspectiva para não bancos da América Latina em 2018”, informa.
Confira mais detalhes da análise:
Análise proprietária: IRB X instituições mundiais do mesmo segmento
Estimamos um ROE de 27,1% em 2018-20. Benefícios do IRB relativos a índices controlados de prejuízos e uma distribuição eficiente; esperamos um índice combinado de 85% em 2018-20. O índice de prejuízo é melhor que o das instituições mundiais do mesmo segmento, em função do número reduzido de prejuízos com catástrofes no Brasil, pelos preços mais altos, um mix de riscos e um programa de retrocessão bem gerenciado no IRB. O custo de aquisição do IRB também está abaixo do de instituições mundiais do mesmo segmento (54% de prêmios originados pelo canal direto). Houve melhorias de eficiência por meio de sistemas atualizados (SAP). Do ponto de vista negativo, a redução da Selic pressionou a renda financeira, mas acreditamos que o ciclo de afrouxamento está próximo de acabar. O IRB expandiu recentemente sua presença internacional (36% de prêmios) para estabilidade nos lucros.
UBSe: Aumento no EPS de 11% e no ROE de 27% estimados em 2018-20
Após a desregulamentação do mercado (2007), o IRB tem mantido sua liderança (54% de participação no mercado de prêmios de resseguro). Esperamos um aumento nos prêmios de 13% ao ano, com um retrocesso de 27%, um índice de prejuízo de 59% e índice combinado de 85% estimados em 2018-20.
Valorização: Compra, Meta de Preço: R$ 45,00 (renda residual), Capitalização de mercado: $4 bilhões; ADTV (Volume Médio Diário de Negociação): $7 milhões.
O IRB mantém negociações estimadas em 12,0x 2018 para P/E (Índice de Preço/Patrimônio) e 3,0x P/NAV (Preço por Valor de Ativos Líquidos), X 11,9x/1,1x para instituições mundiais do mesmo segmento.
Nosso cenário de alta implica valorização de R$ 49 e nosso cenário de baixa, R$ 29. Principais riscos: redução na liberação de reservas, aumento dos prejuízos, capacidade alternativa em resseguros.