BNDES cria comissão para investigar indícios de favorecimento à Odebrecht

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Ação acontece após divulgação de delações

A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com sede no Rio de Janeiro, decidiu instaurar uma comissão para apurar internamente fatos apontados nas delações do grupo Odebrecht, tornadas públicas na última semana.

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Banco solicitará apoio ao MPF e Polícia Federal / Agência Brasil

Conforme consta do site do Supremo Tribunal Federal, no processo de nome petição 6740, o colaborador Marcelo Odebrecht teria dito que Luiz Eduardo Melin de Carvalho e Silva, chefe de gabinete do então ministro da Fazenda Guido Mantega, teria lhe solicitado, no ano de 2011, a contratação de empresa de Alvaro Luiz Vereda de Oliveira.

A empresa teria recebido valores desproporcionais ao contratado, motivada por intuito de manter boas relações entre o grupo Odebrecht, o Ministério da Fazenda e o BNDES.

Em outra petição no STF, baseada em declarações de cinco colaboradores, teria havido favorecimento aos interesses da Odebrecht em Angola, na África.

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Por meio de nota, o BNDES informa que Luiz Eduardo Melin de Carvalho e Silva foi diretor Internacional e de Comércio Exterior do banco de janeiro de 2003 a dezembro de 2004 e de abril de 2011 a novembro de 2014. Já Alvaro Luiz Vereda foi assessor da presidência do BNDES de outubro de 2005 a maio de 2006. Na nota, a instituição ressalta que nenhum dos dois é ou foi empregado do banco, mas ocuparam cargos de confiança.

Além disso, o banco informa que até o momento as citações de que tomou conhecimento se referem à suposta participação de Luiz Eduardo Melin e de Álvaro Luiz no processo de aprovação, pelo BNDES, de financiamentos à exportação de bens e serviços de engenharia.

O banco afirma ainda que irá buscar apoio do Ministério Público Federal e da Polícia Federal para apuração em conjunto de eventuais ilícitos administrativos e penais.

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