Bônus e promoções permitidos

Última atualização: 14 de novembro de 2025

1. Contexto da regulamentação no Brasil

O Brasil passou anos com apostas online funcionando na prática, mas sem uma regra clara. Isso mudou quando veio a Lei nº 14.790, de 29 de dezembro de 2023, que organizou o mercado de apostas de quota fixa e definiu o que as empresas podem ou não podem fazer para atrair jogadores. 

A partir dessa lei e das portarias do Ministério da Fazenda/Secretaria de Prêmios e Apostas, o governo deixou claro que não quer publicidade agressiva nem ofertas que incentivem o apostador a jogar mais do que pretendia. Entre essas práticas está justamente o famoso “bônus de boas-vindas”. 

A regra brasileira diz, de forma resumida, que as casas que quiserem operar legalmente no país não podem conceder adiantamento, bonificação ou vantagem prévia vinculada à aposta. Ou seja: nada de “cadastre-se e ganhe R$ 100 para apostar” ou “200% no primeiro depósito”, porque isso é visto como incentivo ao consumo de jogo. Essa mesma linha aparece depois nas normas de publicidade, que também proíbem chamar menores, usar linguagem enganosa e fazer oferta que empurre o jogador a apostar mais.

2. Então por que ainda vejo bônus por aí?

Porque muitos dos anúncios que você vê são de plataformas internacionais que não estão seguindo a regra brasileira, e sim a do país onde são licenciadas (MGA, Curaçao etc.). Como elas atendem vários mercados ao mesmo tempo, mantêm o bônus de boas-vindas ativo e o jogador do Brasil acaba vendo a oferta.

Do ponto de vista do governo brasileiro, o modelo correto é o sem bônus de cadastro. Do ponto de vista dessas empresas de fora, o bônus continua sendo uma ferramenta de marketing.

3. Vantagens de usar bônus de cassinos internacionais

3.1 Mais valor na entrada

Esses sites de fora ainda oferecem aqueles pacotes clássicos de 100% ou 200% no primeiro depósito, às vezes divididos em 2 ou 3 depósitos. Para quem quer testar o site, isso aumenta o saldo de jogo logo no começo.

3.2 Giros grátis e promoções sazonais

Muitos cassinos internacionais dão free spins para slots e fazem promoções temáticas (futebol, fim de semana, novo jogo). Isso quase não vai existir nas casas que seguirem 100% a regra brasileira.

3.3 Variedade de formatos

Como não estão presos à lei brasileira, eles podem oferecer cashback, torneios, missões e outros tipos de incentivo que deixam o jogo mais “gamificado”.

4. Desvantagens e riscos de usar cassinos internacionais

4.1 Menos proteção local

Se der problema de pagamento, de bloqueio de conta ou de interpretação de bônus, você não terá o mesmo caminho de reclamação que teria com uma casa autorizada no Brasil. A lógica do regulador brasileiro é justamente evitar que o jogador fique desprotegido. 

4.2 Termos de bônus mais duros

Quase todo bônus grande vem com contrapartida: rollover alto, prazo curto, aposta máxima por rodada e, às vezes, limite de saque vindo do bônus. Se você não lê as regras, pode achar que ganhou e descobrir depois que não pode sacar tudo.

4.3 KYC e saque mais demorados

Como é operação internacional, o site pode pedir mais documentos e levar mais tempo para liberar o pagamento, principalmente no primeiro saque.

4.4 Conversão de moeda e taxas

Alguns métodos convertem real para dólar ou euro. Aí você perde um pouco no câmbio ou paga tarifa do meio de pagamento.

5. O que é o caminho “mais seguro” hoje

Em qualquer caso, o que define se o bônus vale a pena não é o tamanho dele, e sim se você consegue cumprir as regras. Bônus bom é o que você entende, usa e depois consegue sacar. Bônus ruim é o que parece ótimo no banner, mas trava o seu dinheiro lá dentro.

6. O ponto principal

A lei brasileira apertou porque quer jogo responsável e menos apelo de marketing. Os cassinos internacionais continuam oferecendo porque podem no país de origem. Cabe ao jogador decidir se quer ficar 100% dentro do modelo nacional ou se vai atrás de bônus lá fora sabendo dos prós e contras. O que não dá é entrar sem saber que mudou a regra aqui.