Brasil entra no Top 10 de países com mais mulheres em cargos de liderança

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93% das empresas brasileiras entrevistadas afirmaram que, pelo menos, uma mulher ocupa um cargo de liderança

A porcentagem de empresas com, pelo menos, uma mulher em cargos de liderança subiu para 87%, um aumento de 12 pontos percentuais, em comparação com o ano passado, de acordo com a 15ª edição da International Business Report (IBR) – Women in Business 2019, realizada pela Grant Thornton com mais de 4500 empresários, em 35 países. No Brasil, são 93% das empresas com mulheres nessas posições. Em 2018, o percentual era de 61%. Esse avanço coloca o Brasil no Top 10 de países com mais mulheres na liderança, ficando atrás somente dos Estados Unidos, Inglaterra e Índia.

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As mulheres ocupam 25% dos cargos de liderança dentro dessas empresas. Entre as principais funções atribuídas às mulheres estão a de CFOs, diretoria da área de recursos humanos e CEOs. Globalmente, a média de presença feminina em cargos de liderança é de 29%. Em 2018, o Brasil tinha uma média de 29%, recuando quatro pontos percentuais neste ano.

Os números são encorajadores e indicam que a equidade de gênero está começando a ser levada a sério pelas empresas. Fatores como o aumento da transparência corporativa, debates sobre a disparidade salarial entre homens e mulheres e um diálogo público altamente visível, estão fazendo as empresas se movimentarem para a mudança”, comenta Carolina de Oliveira, diretora de Inovação, Marketing e Novos Negócios da Grant Thornton.

Enquanto o número de mulheres em cargos de liderança está aumentando, a equidade de gênero na alta direção ainda está distante. Quando se trata do papel de CEO ou diretoria executiva, globalmente, apenas 15% das empresas possuem uma mulher liderando o negócio.

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“Se quisermos continuar vendo essa tendência de representação feminina aumentar, mais iniciativas devem ser tomadas e os líderes desempenharão um papel essencial nesse processo. Políticas que tratam da igualdade de oportunidades de desenvolvimento da carreira, adequações nos processos de recrutamento e a flexibilidade no trabalho devem ser seguidas, aplicadas e revisitadas regularmente para avaliação de sua eficácia. Esses elementos, quando combinados com o compromisso real da alta direção, são o ponto de partida para a criação de uma cultura verdadeiramente inclusiva e inovadora.” afirma Carolina.

No Brasil, entre as principais ações indicadas pelos entrevistados para aumentar e manter a equidade de gênero na liderança estão ações de acesso igualitário de oportunidades de trabalho e desenvolvimento, realização de mentoria e coaching e aumento da flexibilidade. Globalmente, as principais ações listadas são o acesso igualitário de oportunidades de trabalho, a criação de uma cultura inclusiva e flexibilidade.

“Iniciativas desse tipo e o aumento da presença feminina em cargos de liderança impactam na motivação das demais colaboradoras da empresa, com o fomento de inspiração em exemplos reais e próximos. Além disso, é perceptível o crescimento e avanço da inovação em empresas com mais mulheres na liderança”, conclui Oliveira.

Entre as principais barreiras apontadas por empresas no Brasil são a de encontrar tempo em paralelo às principais responsabilidades do trabalho, o acúmulo de responsabilidades fora do trabalho e não ter renda para investimento em educação e desenvolvimento pessoal. Globalmente, as principais barreiras são, também, a falta de tempo entre as principais atividades no trabalho e fora dele, a falta de acesso a oportunidades de trabalho e acesso a novas oportunidades de networking. 

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