Brasil mira exemplo internacional de seguros

Rede Lojacorr cresce no mercado nacional

Como disse Winston Churchill, em meados do século XX, “Se me fosse possível, escreveria a palavra seguro no umbral de cada porta, na fronte de cada homem, tão convencido estou de que o seguro pode, mediante um desembolso módico, livrar as famílias de catástrofes irreparáveis”. O visionário e ex-primeiro-ministro do Reino Unido, citou o que hoje é um mantra para o mercado segurador e uma das frases mais lembradas por Geniomar Pereira, diretor Comercial da Rede Lojacorr.

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O diretor, que possui 36 anos de carreira no mercado segurador e 16 anos de gestão, conta que em mercados seguradores mais maduros, a figura do corretor vende proteção, e não seguros. Nos locais de 1º mundo, tais como Estados Unidos, Japão e Europa, a abrangência segurada passa de 90%, o que representa que esse percentual da população possui algum tipo de seguro. No Brasil, esse número é de 10%. “Temos muitas oportunidades. São mais de 180 milhões de contatos a serem feitos”, cita.

O cenário mundial é de crescimento do seguro. Em 2019, pesquisas apontavam o melhor momento do mercado segurador no Brasil, que fechou o ano com crescimento em torno de 12%. O diretor explica que o principal desafio é estender a abrangência segurada e, para isso, atingir o cliente conhecendo-o. Saber em que momento ele está hoje e de que forma ele quer ser contatado, como um consultor desse cliente. “A percepção humana é insubstituível no nosso mercado e também para todos que trabalham neste segmento. Se você consegue entender o cliente, você passa a compreender suas necessidades reais. Inclusive, para conhecer melhor o cliente, existem hoje diversas formas. Uma boa conversa e uma pesquisa nas redes sociais mostram preferências e características. Quando o vendedor é assertivo, a chance de fechar negócios é de 90%”, ressalta Geniomar Pereira.

O diretor, que é também um estudioso do mercado internacional e do cenário mundial, suas culturas, similaridades e diferenças, declara que a figura do corretor de seguros é significativa em todas as regiões que ele estudou. Por isso que, segundo ele, o Brasil está caminhando no rumo certo. As características culturais latinas são de aproximação e empatia. “Já as plataformas online em todo o globo não são uma ameaça, mas servem de ferramentas para ampliar negócios e angariar leads”, diz.

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Em relação à cultura do seguro, Geniomar Pereira conta que quando esteve no Lloyd’s of London, a maior indústria de seguros e resseguros do mundo, onde operam milhares de profissionais da área, havia um sino no meio do pátio do prédio, que despertou a curiosidade do diretor. Num determinado dia, tocaram o sino. Geniomar perguntou o que havia acontecido e responderam: ‘Saved by bell (salvo pelo gongo)’, que representava a comemoração da cobertura de um grande sinistro segurado. “Essa é a cultura da proteção daquele País”, conta.

Tanto quanto os grandes riscos, existem mercados de microsseguro. Um bom exemplo é o modelo de sucesso na região Continental da América Central (onde está a Costa Rica e Nicarágua). Trata-se de um case realizado com apoio da Fundação Bill e Melinda Gates (uma instituição filantrópica criada por Bill Gates, fundador e ex-presidente da Microsoft, e Melinda Gates).

Geniomar Pereira explica que tentou trazer este tipo de modalidade para o Brasil, mas esbarrou em questões burocráticas. “Esses produtos custam no máximo US$ 2 e poderia ajudar muito a população carente. No Brasil, uma pequena cobertura que pudesse auxiliar uma família a passar pelo momento da perda de um ente provedor já seria uma mudança cultural imensa, que poderia virar a chave do País em relação à criminalidade e ao abandono social. Por isso, na Lojacorr sempre buscamos formas de ajudar o brasileiro a se proteger mais e melhor. Dentro deste propósito, aumentamos os índices dos produtos comercializados, que cresceram 37% em 2020”, declara o diretor.

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