Café do CVG RS: seguro de vida ganha destaque em palestra de Rogério Araújo

O Rio Grande do Sul viu o número de indenizações disparar de 23.441 para 48.870 em menos de um mês, com um aumento proporcional no valor, que já ultrapassa R$3,8 bilhões. Para traçar estratégias de resposta a este cenário, o Clube de Seguros de Vida e Benefícios do Rio Grande do Sul (CVG RS) realizou um encontro no dia 1º de agosto com o consultor em seguros e benefícios Rogério Araújo, em Porto Alegre. Além disso, abordaram o apoio ao Movimento SOS – Chuvas RS.

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No começo da apresentação, o presidente do CVG RS, Jean Figueiró, ressaltou a relevância do suporte dado por Rogério Araújo à população do Rio Grande do Sul, enfatizando que “tudo que Rogério aprende, ele divide”. Figueiró ainda destacou que o corretor de seguros adotou a causa do povo gaúcho de forma única, demonstrando ser não somente um colaborador técnico, mas também um parceiro engajado na recuperação e no bem-estar das pessoas impactadas pelas chuvas.

O evento também contou com a presença do presidente do Sincor-RS, André Thozeski, do Sindseg-RS, Guilherme Bini, do Clube da Pedrinha RS, Eliane Freitas, da Aconseg-RS, Celso Azevedo, Valdir Brusch do Sindicato dos Securitários/RS e Peterson Goi do Clube da Bolinha dentre outras lideranças do setor.

Um improvável que deu muito certo

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Rogério Araújo abriu sua palestra abordando o valor de compartilhar boas práticas e os aprendizados que acumulou ao longo de sua carreira. Para o executivo, essa troca de conhecimento é fundamental para se alcançar melhores resultados no setor de seguros. Em um tom inspirador, Rogério relembrou suas origens humildes, sendo o caçula de uma família simples de Belo Horizonte (MG), e afirmou que sua trajetória é um exemplo de “um improvável que deu muito certo”.

“Com sete anos, eu já fazia doces para vender na rua e ajudar minha mãe com as despesas,” contou. Essas primeiras experiências de trabalho, segundo ele, foram fundamentais para moldar seu caráter e sua ética profissional. Aos 13 anos, surgiu a oportunidade de ingressar como office boy em uma empresa de seguros, um momento que marcou o início de uma jornada transformadora. “Esse já era meu terceiro emprego com carteira assinada,” relembrou. Foi ali, naquele ambiente, que Rogério começou a explorar o mundo dos seguros, descobrindo uma paixão que, anos mais tarde, o levaria a se tornar uma figura de referência no mercado.

A Importância do Seguro de Vida

Ao longo de sua exposição, o executivo abordou a relevância do seguro de vida, destacando que muitas pessoas ainda evitam discutir o tema, seja por medo ou desinteresse. No entanto, ele enfatizou que essa é uma questão que deve ser tratada com seriedade. Para ilustrar sua mensagem, Rogério compartilhou a história real de uma mulher que, após dezoito anos trabalhando em uma cooperativa com apólice de seguro de vida, foi dispensada. Pouco tempo depois, durante um exame de rotina, ela foi diagnosticada com câncer de mama. “Ela me ligou dois meses depois, pedindo para manter o seguro, mas, infelizmente, devido ao desligamento da cooperativa, isso não foi possível”, contou Rogério.

Perspectivas do Setor

Desde 2017, o mercado de seguros de vida vem mostrando um crescimento contínuo, superando inclusive a arrecadação do mercado de automóveis. Embora esse crescimento tenha se acelerado após a pandemia, a pergunta que fica é: de onde vem esse impulso? Não se trata apenas de um novo interesse dos jovens em seguros, como alguns poderiam supor. A verdade é que o aumento significativo se deve, em grande parte, à entrada de um novo player no mercado: os agentes autônomos de investimento.

“Esses profissionais, que anteriormente focavam em produtos tradicionais de investimento, começaram a ver o seguro de vida como uma ferramenta essencial para planejamento e proteção financeira. Durante a pandemia, muitos agentes autônomos se depararam com uma realidade até então subestimada. Ao serem questionados sobre onde estava o dinheiro dos investimentos, perceberam que, embora existisse patrimônio, ele não estava acessível de imediato, o que gerava um problema significativo para os familiares dos falecidos”.

A descoberta levou os agentes a enxergar o seguro de vida como um produto que não apenas oferece proteção, mas também proporciona liquidez imediata em momentos críticos. Com essa nova visão, eles passaram a incluir o seguro de vida em suas recomendações, contribuindo para o crescimento exponencial desse mercado pós-pandemia.

Confira mais fotos do encontro / Crédito: Fernanda Torres – JRS

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