Cai número de formalizações do MEI no primeiro trimestre

Entre atividades que apresentaram queda estão as de cabelereiro e transportes por aplicativos

Pela primeira vez em cinco anos, o número de formalizações de microempreendedores individuais (MEI), no primeiro trimestre, sofreu uma queda. Se comparado com o mesmo período do ano passado, houve uma redução de 3%. Em 2020, esse número apresentou um incremento de 13% em relação a 2019. As informações constam de levantamento feito pelo Sebrae com base em dados da Receita Federal.

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“Essa queda pode refletir um impacto do recrudescimento da pandemia. No ano passado, acompanhamos sucessivos aumentos no número de formalizações que podem ser atribuídos ao desemprego, mas o início desse ano mostrou um arrefecimento. Inclusive em atividades que sempre estiveram entre as que mais tinham formalizados nos últimos anos”, comenta o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Em 2020, foram registrados 2,6 milhões de novos MEI, o maior número registado nos últimos cinco anos.

Dentre as atividades com maior número de formalizações, apenas 9 apresentaram crescimento. Segmentos como o de cabeleireiro, manicure e pedicure, além das atividades auxiliares dos transportes terrestres não especificadas anteriormente, que incluem os motoristas de aplicativos registraram forte redução. Ambas tiveram queda de aproximadamente 33%.

De acordo com o presidente do Sebrae, essas atividades, tradicionalmente, eram algumas das que mais formalizavam nos últimos anos. “As medidas de restrição que estão sendo adotadas pelos governos para conter a pandemia acabam prejudicando, principalmente, atividades que precisam da presença física dos clientes. Além disso, no início da pandemia houve um grande crescimento no número de formalizações, o que pode explicar também essa queda”, pontua Melles.

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A atividade que teve o maior incremento no primeiro trimestre foi a de comércio varejista de bebidas, com um crescimento de mais de 51%, e confirma uma tendência que vinha sendo verificada desde o início da pandemia. Assim como a segunda atividade, que foi a de preparação de documentos e serviços especializados de apoio administrativo, não especificados anteriormente, com aumento de aproximadamente 23%, seguida pelo de transporte rodoviário de carga, exceto de produtos perigosos e mudanças, que apresentou um crescimento de 21,56%.

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