Campo faz a sua parte e cobra ações

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Prestigiada por quatro ministros, inauguração oficial da 39ª Expointer foi palco de cobranças do setor

Pujante foi o adjetivo mais usado por representantes de entidades agropecuárias ao se referirem sobre o setor, durante a abertura da 39ª Expointer, no sábado, no Parque de Exposição Assis Brasil, em Esteio. Dirigentes de diferentes segmentos sinalizaram que a produção primária está cumprindo com o seu papel, trazendo resultados econômicos para o País, porém cobraram ações do poder público, tanto federal quanto estadual.

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A presença de quatro ministros na cerimônia estimulou a apresentação de demandas do segmento. Participaram da solenidade, que durou cerca de três horas, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e os ministros da Agricultura, Blairo Maggi; do Trabalho, Ronaldo Nogueira; e do Desenvolvimento Social, Osmar Terra. O bom desempenho da agropecuária foi sinalizado já no primeiro de muitos que seriam feitos posteriormente. Quem iniciou a fala foi o secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo. “É uma feira superavitária”, frisou, demonstrando que o “grande evento” reflete a performance do segmento.

Enaltecendo a presença de Maggi à solenidade, Polo destacou que, “em 60 dias, o ministro está realizando a quinta visita ao Estado”, com intuito de conhecer a diversidade do Rio Grande do Sul. Antecipou ainda que, na semana seguinte à realização da Expointer, criará o programa Agro Mais Rio Grande do Sul, a exemplo da iniciativa conduzida pela pasta federal da Agricultura. O grupo congregará as demandas do setor primário, sublinhou.

Primeiro a se referir à pujança e à força do campo, Polo encerrou a fala desejando “vida longa a quem produz”. Todos os sucessores, em seus discursos, fizeram reverências ao agronegócio, mas logo os gargalos começaram a aparecer também. “O agro é uma alavanca de promoção do desenvolvimento econômico”, afirmou o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Tarcísio Minetto. A agricultura familiar representa 55% das atividades do agronegócio e responde por 27% do PIB do Rio Grande do Sul, demonstrou.

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Porém, as pequenas propriedades estão diante de uma tendência desafiadora: promover a sucessão no campo. “Lamentamos que a tendência da agricultura familiar seja a da redução no número de famílias, enquanto a demanda na oferta de alimentos é crescente”, ponderou.

Uma das respostas para contornar esse desafio pode ser a sinalização positiva passada pelo presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs), Vergilio Perius, que também foi chamado ao púlpito. “O cooperativismo gaúcho cresceu 15,75% em faturamento, e 21 mil jovens se tornaram associados do sistema”, revelou sobre dados do ano passado. A criação do programa Jovem Aprendiz no Campo tem contribuído para a manutenção dos sucessores nas propriedades rurais.

“O setor produtivo do Rio Grande do Sul vem fazendo o seu tema de casa, colaborando com a economia dos municípios, do Estado e do Brasil”, declarou o diretor e presidente de Comissões e Feiras da Farsul, Francisco Schardong. Como demanda, ele pediu um seguro agrícola de mercado e demonstrou preocupação com a entrada do arroz do Mercosul. O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas Agrícolas (Simers), Cláudio Bier, pediu a revitalização do Moderfrota, cujos juros mais baixos foram decisivos para compra de equipamentos. À imprensa, Maggi disse, depois, que não faltarão recursos.

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