Carlos Josias e Breno Kor: Provocação!

Confira artigo de autoria do advogado sócio fundador da C Josias & Ferrer Advogados Associados, Carlos Josias Menna de Oliveira, e do titular da Kor Corretora, Breno Kor

Parece que não há crise, tempestade, furacão, ou pandemia, que altere um comportamento recorrente no setor de seguros junto ao público consumidor. Resistem a todos os cataclismos, invariavelmente, os seguros do ramo vida e automóvel – os primeiros talvez por se filiar à categoria do bem mais precioso da existência do ser humano e uma das primeiras proteções buscadas na trajetória histórica da evolução securitária e, os últimos, aqui no Brasil especialmente, pela paixão que virou “slogan” publicitário de combustível.

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O fato é que por mais situações críticas, favoráveis ou contrárias, estes dois ramos do seguro mantém uma estabilidade de ponta que nem sempre podem liderar a corrida mas estão sempre em evidência e incluso nas miras de corretores e seguradores.

A Revista Valor em recente matéria saudou efusivamente o que chamou de “Temporada de recordes no seguimento de seguro de vida” o que não deixa de ser quase uma rotina a cada ano em especial, claro, aos dedicados a ele, corretores e seguradoras.

Já CQCS destacou que o número de corretores cresceu, no país, mais de 27% desde a pandemia sendo profissão em notória expansão. No primeiro ano de pandemia o registro foi de espantoso aumento de corretores na ordem de incríveis 52,4%.

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Claro que não deve ser um motivo isolado mas também quer parecer evidente que se abriu uma oportunidade significativa a partir do maléfico episódio. A prevenção foi a lição compreendida.

Este aumento do volume de profissionais no setor se espalhou por inúmeras atividades no meio, quer pela necessidade gerada pelo aumento do consumo do produto, face receio dos riscos, quer pela necessidade de se completar o que já existia e fora adquirido, sendo imperiosa a assessoria, a consultoria para a própria intermediação da venda de apólices. A procura sofreu um acréscimo considerável.

Fruto disto o setor cresceu 9% em 2023 superando R$ 388 bilhões, consoante dados que fazem parte do Relatório Síntese Mensal de Dezembro de 2023 da SUSEP – Superintendência de Seguros Privados.

À Sociedade via indenizações, resgates e sorteios, foram R$ 221,63 bilhões no mesmo ano segundo o mesmo relatório.

Excluindo o VGBL seguros de danos e pessoas fecharam o ano passado com uma arrecadação de mais de 187 bilhões, 9,62% a mais do que o ano anterior.

Nos de pessoa, o seguro de vida alcançou 30,37 bilhões. Estes dados são parte dos registros do Painel de Inteligência do Mercado de Seguros, o Painel SUSEP.

Invariavelmente ano após ano se inclui no colar de boas novidades ramos outros e ou novos, como o RISCOS CIBERNÉTICOS, que cresceu 880% em cinco anos, ou o Seguro Rural que veio para ficar e que triplicou nos últimos 5 anos, mas o fato é que, como aduzimos de início, os seguimentos de automóvel e vida continuam firmes contribuindo imensamente para este gigante setor de Seguros em marcha contínua e forte sem registros de queda.

O público consumidor do setor frequenta a mesma prateleira há anos, perpetuando comportamentos.

Isso pode ser prejudicial para sua saúde, financeira e mental, quando ele não percebe o quanto os riscos são dinâmicos, e o quanto a sociedade se modifica, permanentemente.

O automóvel é a vida do segurado, ou a vida do segurado é o automóvel.

Estes 2 ramos continuam os mais comercializados.

Não há tempestade que mude a cabeça do consumidor.

Mas pelo lado do setor, o que pode ser feito para tornar perene também outros ramos a partir deste crescimento inclusive de profissionais na área?

Provocadores

Carlos Josias Menna de Oliveira – Advogado sócio fundador da C Josias & Ferrer Advogados Associados

e

Breno Kor titular da Kor Corretora de Seguros.

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