Combate ao câncer: prevenção é o melhor tratamento

Médico de Família e Comunidade da rede Meu Doutor Novamed destaca importância de exames e adoção de hábitos saudáveis

O cenário atípico da pandemia trouxe reflexões em relação à importância do cuidado com a saúde e, em paralelo, uma mudança de comportamento por parte dos pacientes, no qual muitos brasileiros deixaram de realizar exames periódicos. No mês do Dia Mundial do Câncer – 4 de fevereiro –, a rede de clínicas Meu Doutor Novamed chama a atenção sobre a importância do cuidado preventivo, além de promover informações sobre a doença, estratégias para diminuir os riscos e lidar com o tratamento.

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O câncer é uma das quatro principais causas de mortes prematuras – antes dos 70 anos de idade, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A previsão para 2025 é de 6 milhões de mortes prematuras por ano, sendo que 1,5 milhão de óbitos poderiam ser evitados com medidas adequadas. No Brasil, as estimativas para cada ano do triênio 2020-2022 são de 625 mil casos novos de câncer. Segundo a publicação, os cânceres mais incidentes no país são os de pele não melanoma, mama, próstata, cólon e reto, pulmão e estômago.

O desenvolvimento do câncer é um processo complexo e não tem causa única. O médico de família e comunidade Diogo Amorim Campos, da rede Meu Doutor Novamed, destaca alguns fatores relacionados ao surgimento da doença: “Devemos considerar causas externas, do ambiente em que vive o paciente, e internas, como hormônios, fatores genéticos, entre outros. No que diz respeito aos fatores externos, os hábitos e o estilo de vida podem aumentar o risco de diferentes tipos de câncer”. O médico ainda complementa: “A prevenção consiste em ações que são implementadas antes de se diagnosticar uma doença e visam minimizar morbidades e melhorar a qualidade de vida. Caso a doença seja diagnosticada, essas ações podem contribuir para obtenção da cura ou da redução de eventuais complicações, diminuído as taxas de mortalidade”.

Cuidados essenciais

De acordo com o INCA, entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os hábitos e o comportamento podem aumentar o risco de diferentes tipos de câncer.

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Por isso, a prevenção é a mais importante aliada para reduzir os riscos de desenvolvimento da doença. A revisão de prioridade e estilo de vida, o que inclui evitar a exposição aos fatores de risco de câncer e a adoção de um modo de vida saudável, é fundamental nesse processo.

“Alguns tipos de cânceres têm relação direta com a genética familiar do indivíduo, mas as mudanças de comportamento e diminuição às exposições ambientais são fatores essenciais para essa redução de incidência da doença”, esclarece Campos.

O especialista da rede de clínicas Meu Doutor Novamed destaca alguns hábitos que devem ser adotados para ajudar na prevenção:

  • Estar em dia com a imunização (proteção específica);
  • Atividade física regular;
  • Ter uma alimentação balanceada e saudável;
  • Utilizar filtro solar;
  • Realizar check-ups periódicos;

Importância dos exames

Nos casos de doença, quanto antes detectada, melhores as chances de êxito no tratamento. Levantamento da Bradesco Saúde chama a atenção para a necessidade de que homens e mulheres realizem os exames essenciais para a detecção de dois tipos de câncer mais comuns – o de próstata e o de mama.

Segundo dados da Bradesco Saúde, até setembro de 2021, apenas 27% das mulheres que estavam na condição de elegibilidade para Mamografia (40 anos ou mais) fizeram o exame preventivo. A adesão é inferior ao mesmo período de 2020, quando 43% das mulheres elegíveis haviam realizado o exame.

Entre os homens, a adesão é maior: até setembro do ano passado, 38% dos beneficiários com 50 anos ou mais fizeram exames de PSA – o Antígeno Prostático Específico – fundamental para a detecção do câncer de próstata. Entretanto, o índice também fica abaixo do registrado até setembro de 2020, quando 56% dos beneficiários acima de 50 anos haviam realizado o exame.

Segundo os dados da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, durante a primeira onda da pandemia, 74% dos especialistas da área declararam ter um ou mais pacientes com o tratamento postergado. Esse adiamento pode ser crucial para uma evolução ou não do quadro, a depender de cada caso. Um estudo publicado pelo The British Medical Journal mostrou que, a cada quatro semanas de atraso no tratamento do câncer, as chances de morte aumentam até 13%.

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