Práticas permitidas e práticas vedadas na publicidade de apostas no Brasil

Última atualização: 14 de novembro de 2025

Desde a Lei 14.790/2023 o Brasil deixou claro que quer um mercado de apostas funcionando, mas sem empurrar jogo para quem não deveria jogar. Por isso, além de exigir autorização da empresa, o Ministério da Fazenda, por meio da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), passou a detalhar como a propaganda pode ser feita e o que é proibido dizer. A lógica é: jogo pode, propaganda pode, mas tem que ser responsável e voltada para adulto. 

1. O que é permitido

A regra geral é: a publicidade pode existir, mas tem que vir acompanhada de informação clara, sem exagero e sem atrair quem é vulnerável.

2. O que é proibido ou restrito

Se a empresa insistir em linguagem agressiva ou enganosa, a portaria prevê que ela pode ser responsabilizada, não só o influenciador.

3. Em quais canais a publicidade pode aparecer

A legislação e as portarias apontam que a comunicação deve ser feita em canais onde seja possível controlar o público e mostrar as advertências. Canais próprios (site/aplicativo), mídia digital segmentada e conteúdos informativos são os mais adequados. 

Já transmissões esportivas ao vivo e formatos que não permitem explicar as regras vêm sendo cada vez mais limitados, principalmente depois do avanço do projeto que restringe propaganda durante jogos e proíbe uso de personalidades de grande alcance. A tendência é: quanto mais amplo o canal, mais responsabilidade e mais aviso precisam aparecer. 

4. Qual linguagem promocional pode ser usada

5. Aposta não é renda extra

Esse é um ponto que o governo brasileiro está reforçando: aposta é entretenimento arriscado, não produto financeiro. A comunicação tem que deixar isso claro. Não pode comparar aposta com investimento, não pode prometer retorno percentual, não pode insinuar que “quem sabe apostar vive disso”. Isso protege o jogador comum e reduz o apelo sobre quem está endividado ou procurando trabalho. 

6. Resumo prático

Assim, quem for operar no Brasil precisa pensar comunicação como serviço público: informar primeiro, vender depois. Isso deixa o mercado mais limpo e o jogador mais protegido.