Conjuntura CNseg 54 avalia revisão da retomada das economias mundiais

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Publicação destaca desempenho positivo dos seguros em diversos segmentos e traz novas projeções para o setor

Projeções menos otimistas para a retomada da economia mundial, além dos efeitos das políticas econômicas adotadas no ápice da pandemia, são os destaques da edição da Conjuntura CNseg nº 54, publicação da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).

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Na parte dedicada à conjuntura econômica, a avaliação é que, no primeiro semestre deste ano, a retomada das duas maiores economias do mundo, Estados Unidos e China, influenciou projeções otimistas para o crescimento da economia global, com reflexos nos preços de ativos financeiros e das commodities negociadas internacionalmente. Porém, um dos primeiros sinais de que o otimismo inicial poderia ter sido um pouco exagerado foi a retomada de medidas restritivas à circulação e às atividades econômicas em diversas regiões do mundo, por conta da variante Delta do novo coronavírus. Ao mesmo tempo, continuam as discussões sobre os efeitos de longo prazo dos estímulos monetário e fiscal realizados durante o pior momento econômico da pandemia – se poderia alimentar aumentos de preços acima de níveis considerados razoáveis.

Em agosto, a divulgação de índices de preços acima do esperado em diversas economias tem contribuído para a crença de que a aceleração da inflação não terá caráter transitório. Caminhoneiros na Grã-Bretanha, portos dos EUA e semicondutores chineses que são base para produção de bens industrializados no mundo inteiro – afetando até a compra de carros novos no Brasil – são alguns exemplos de gargalos associados à pandemia que têm perdurado mais que o esperado, mantendo a inflação ao consumidor alta.

Apesar da visão menos otimista na economia global, o setor segurador brasileiro continua apresentando bom desempenho, encerrando o sétimo mês do ano com crescimento acumulado de 16,8% (sem Saúde e DPVAT), comparado ao mesmo período do ano anterior. O setor movimentou mais de R$ 172 bilhões em prêmios de seguros, contribuições de planos de previdência e faturamento de capitalização. Em julho, o montante de R$ 27,4 bilhões (sem Saúde e DPVAT) foi 3,2% maior do que o mesmo mês em 2020. Após o movimento de forte recuperação a partir de março de 2021, os diversos segmentos do setor de seguros mostram uma trajetória de estabilidade.

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C Josias & Ferrer no JRS

Projeções para 2021

O bom desempenho no primeiro semestre elevou os percentuais de projeção do setor de seguros, que deve encerrar o ano com crescimento entre 8,5% e 16,3%, de acordo com a publicação. Para o segmento de Danos e Responsabilidades (sem DPVAT) a perspectiva é de que a evolução gire em torno de 11,1% a 18,2%. Em Cobertura de Pessoas, cujos grupos e ramos de seguros responderam de forma heterogênea à crise em 2020, a previsão é de que o segmento apresente crescimento de 9,4% no cenário pessimista e de 13,7% no cenário otimista. Na Saúde Suplementar, a expectativa é fechar entre 7,4% e 10,6%. Por último, a projeção para os Títulos de Capitalização também apresentou significativa melhora em relação à divulgação anterior em razão do bom desempenho no primeiro trimestre. Assim, a perspectiva é de que o segmento cresça de 4,7% a 10,8% no ano.

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