Crise leva 34% dos brasileiros a deixarem de ter planos de saúde

Presidente da FenaSaúde, Solange Beatriz, abordou a judicialização da Saúde Suplementar no Café do CVG/RS

“Só existe tomada de decisão com informação”, esclareceu Solange Beatriz Palheiro Mendes logo no início de sua palestra no Café do Clube de Seguros de Vida e Benefícios do Rio Grande do Sul. A presidente da FenaSaúde esteve em Porto Alegre para abordar a judicialização da Saúde Suplementar.

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Segundo recente pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a crise econômica levou 34% dos brasileiros a deixarem de ter planos de saúde. “Nosso produto está diretamente ligado ao emprego e a renda”, defendeu Solange Beatriz. Um dos problemas que o setor tem enfrentado é a judicialização, ou seja, quando os consumidores ingressam na justiça em busca de obter direitos que muitas vezes não estão previstos nas apólices contratadas. Estes movimentos acarretam em repasses aos demais participantes da mutualidade securitária.

A FenaSaúde representa 24 empresas, somando 28,8 milhões de beneficiários e R$ 51 bilhões em despesas assistenciais. Segundo Solange Beatriz, os recursos do setor privado são escassos. “Não dá para atender a todos o tempo e em tudo. O setor privado tem que se ater aos contratos na defesa daquele grupo que está ali contratando, pois já se tem um orçamento curto e é preciso ficar dentro deste espaço”, disse. “A judicialização é exatamente a busca por direitos individuais e acho que nós devemos zelar pelo direito coletivo”, completou.

Além disso, a Saúde Suplementar corresponde a 41% do mercado de seguros em termos de receita e despesas. “Trata-se de um segmento de seguros, sim, pois os princípios securitários regem o ramo”, explicou.

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