Curta os jogos da Copa sem deixar os pets em apuros

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Estresse e outros prejuízos podem atingir a saúde dos bichinhos se alguns cuidados não forem tomados

Quem pretende assistir aos jogos da Copa na companhia de um pet deve ficar atento a algumas situações que podem comprometer o bem-estar do animal. Além do estresse, esse tipo de comemoração pode causar prejuízos à saúde do pet e até acidentes se alguns cuidados não forem tomados.

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Os tutores que pretendem receber visitas, por exemplo, devem observar o comportamento do cão ou gato na presença de outras pessoas. Alguns pets podem ficar incomodados com humanos “invadindo o seu espaço”, com o excesso de movimentação ou de barulho.

A atenção deve ser redobrada quando se trata de filhotes ou animais de pequeno porte, de acordo com o médico-veterinário Rodrigo Soares Mainardi, presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP). “Cães ou gatos muito pequenos correm o risco de serem pisoteados quando há aglomeração de pessoas, o que pode ocasionar fraturas de patas, de costelas ou de coluna, por exemplo.”

Excesso de barulho

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Vuvuzelas, televisão no volume máximo, fogos de artifício e até mesmo os gritos de gol têm grandes chances de causar desconforto ao animal. “Alguns animais chegam a passar mal com o barulho, podendo apresentar febre, apatia e até vômito ou diarreia, desencadeados por fatores emocionais” explica o médico-veterinário. Sendo assim, se o pet apresenta muita sensibilidade e se estressa facilmente, o tutor deve tentar evitar que ele seja exposto a sons muito altos.

Mainardi alerta ainda para o risco de fuga do animal. “Por ficarem com medo, alguns animais tendem a se esconder ou, em casos mais extremos, podem acabar fugindo de casa. Isso é muito comum nessas ocasiões, inclusive devido ao entra e sai de pessoas.”

No clima da Copa

Para quem vai vestir o animal de estimação de verde e amarelo, o presidente da Comissão de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP diz que adereços e fantasias são permitidos, desde que não prejudiquem a mobilidade e o conforto do pet. Para isso, o tamanho e o peso da fantasia devem ser proporcionais ao porte do animal.

“Os tutores devem ter um cuidado especial com tintas, purpurinas e maquiagens que não são de uso veterinário, pois podem causar graves dermatites e reações alérgicas sérias” reforça Mainardi.

Comilança

Outro ponto de atenção são os alimentos consumidos nesses eventos, como pipoca, amendoim, frituras e churrasco. Como não são alimentos próprios para cães e gatos, é importante evitar que os animais tenham acesso a esses petiscos. “Vale orientar também os familiares e amigos para que não ofereçam comida ao animal”, sugere Mainardi.

Se o pet ingerir algum alimento impróprio acidentalmente, a recomendação é levá-lo a um médico-veterinário para que este avalie o grau de comprometimento ou não da sua saúde. “Se o tutor observar algum tipo de distúrbio (vômito, diarreia ou outros) o animal deverá ser acompanhado por um médico-veterinário e mantido em observação”, salienta Yves Miceli de Carvalho, médico-veterinário presidente da Comissão Técnica de Nutrição Animal do CRMV-SP.

Nesses casos, durante os jogos e comemorações, o ideal é restringir o acesso de cães e gatos a determinados cômodos da casa, onde eles poderão circular com mais tranquilidade. Outra opção é hospedar o pet em um hotel ou creche, especialmente se ele já estiver habituado a frequentar esse tipo de espaço.

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