Custos das empresas com benefícios devem aumentar com a reforma da Previdência Social

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Segundo especialista da Aon, com os colaboradores trabalhando até uma idade mais avançada, as despesas com assistência médica devem puxar a elevação

Os impactos da reforma na Previdência Social têm ganhado cada vez mais destaque na sociedade brasileira. No entanto, um aspecto importante que afeta diretamente as empresas ainda está bem longe do centro das discussões – o consequente aumento dos gastos com benefícios corporativos. É o que aponta especialistas da Aon, empresa global líder de serviços profissionais que oferece ampla gama de soluções em riscos, previdência e saúde.

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Segundo a última Pesquisa de Benefícios da companhia, no Brasil, a assistência médica é responsável pelo maior custo de uma empresa, atrás apenas da folha de pagamento. Com os colaboradores trabalhando até uma idade mais avançada – 65 e 62 anos para homens e mulheres, respectivamente –, a tendência é que esta despesa suba significantemente.

“Estudos mostram que a cada ano que envelhecemos, geramos um custo médio 3% maior que o ano anterior para as operadoras de saúde”, explica Roberta Porcel, Líder de Consultoria em Previdência e Serviços Atuariais da Aon Brasil. Segundo ela, este investimento maior com um benefício naturalmente oneroso, mas fundamental para os colaboradores, ainda não foi mapeado pelas empresas e a sociedade de maneira geral.

Somado a este dilema, existe o fato de que os planos de saúde corporativos devem ficar 17% mais caros, em média, este ano, elevação quatro vezes superior à inflação, de acordo com outro estudo da Aon, o Relatório Tendências Globais dos Custos de Saúde 2019. “Estes são alguns reflexos imediatos que as companhias devem sentir em seus negócios. Ao mesmo tempo em que é necessário um amadurecimento da cultura da aposentadoria, é fundamental que a reforma da Previdência seja analisada em sua plenitude”, avalia Roberta.

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Para a executiva, a discussão acerca da reforma não deve apenas girar em torno de um ponto específico, mas precisa ser baseada em aspectos que dizem respeito à macroeconomia e profundas mudanças organizacionais, assim como o aumento da procura pela previdência complementar. “Além disso, um investimento voltado para a área de recursos humanos também deve estar no radar das corporações, para tratar de temas como a presença de gerações mais maduras no ambiente de trabalho e a diversidade”, completa a especialista da Aon.

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