Delphos e a Inovação no Mercado de Seguros
Insurtechs trarão benefícios com ganhos de produtividade
O princípio das FinTechs, iniciadas no mercado financeiro, logo chegou no setor de seguros, dando origem às Insurtechs. Para o Diretor da Delphos, Carlos Trindade, tal movimento trará benefícios como a desburocratização e a simplificação das atividades do setor, com ganhos de produtividade. “Por provocarem disruptura em um mercado que por muito tempo foi considerado conservador, esse processo terá que contemplar a administração de efeitos colaterais e riscos, que ocorrem em todo tipo de avanço. Mas o consumidor deverá ser o mais beneficiado, e o aumento de seu conhecimento fará com que contrate mais seguros”, prevê.
Trindade conta que foi criado, na Delphos, um comitê de inovação para identificar novas tecnologias que poderão ser usadas internamente e oferecidas aos clientes. “Para atendimento, relacionamento e inteligência artificial, por exemplo, temos uma equipe dedicada ao CRM Salesforce, com capacidade para identificar as ‘dores’ do mercado e pensar em soluções”, lista o diretor. Segundo ele, esse produto em particular permitirá atender, além do setor de seguros, o financeiro e outras indústrias.
Já o ERP (Enterprise Resource Planning) SegDelphos, que gerencia todas as fases da operação do seguro, terá uma nova versão a partir de 2018. “Vamos investir na customização do sistema nativo, adquirido este ano, para ramos nos quais ele ainda não está totalmente alinhado ao mercado nacional”, conta o executivo. A estratégia inclui também a capacitação da equipe para acompanhar as novas frentes de trabalho.
Todas essas iniciativas buscam auxiliar o mercado a se preparar para um segurado cada vez mais exigente. “Quando um setor se moderniza, ele eleva o nível concorrencial. Não terá vez o corretor que demorar dias ou mesmo horas para fornecer uma cotação de seguros para seu cliente. Então teremos o segurado bem informado, exigindo mais, e um mercado sempre perseguindo melhorias para atender a esse novo perfil”, avalia Trindade.
Por outro lado, o diretor da Delphos acredita que pode haver maior colaboração entre as empresas. “Se uma determinada seguradora trabalha apenas com ramos elementares, poderá de forma ágil e segura trocar informações com outra companhia, para oferecerem produtos combinados de seus portfólios. No mínimo, haverá um benchmarking que remeterá a avanços”, aposta. Para ele, o mesmo vale para corretores e assessorias.