Digitalização e reformas ganham destaque no 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros

O 23º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, realizado no Rio de Janeiro, movimentou o setor com debates sobre o futuro do mercado. A presença de lideranças políticas conferiu ao evento um caráter estratégico, com discussões aprofundadas sobre digitalização, novas legislações e a influência do corretor .

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Lucas Vergilio, da Escola Nacional de Seguros (ENS), destacou a crescente demanda por proteção após a pandemia, com uma busca ampliada por seguros patrimoniais, de vida e saúde. “O consumidor, agora mais do que nunca, quer segurança. Vemos uma maior procura por esses produtos, e a digitalização tem sido uma grande aliada. As insurtechs estão transformando o mercado, e o corretor de seguros precisa se adaptar a essas mudanças. A tecnologia está nos permitindo oferecer soluções mais ágeis e personalizadas, atendendo à crescente necessidade de conveniência e transparência”, afirmou Vergilio.

A reforma liderada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), também foi tema. Alessandro Octaviani, superintendente da Susep, destacou que essa é uma das maiores do setor nos últimos 60 anos. “O seguro é um motor importante da economia nacional. Temos 80% de terras agrícolas não seguradas e essa proteção é essencial para nossa produção. A Susep está trabalhando em uma série de propostas que vão modernizar o mercado e aumentar a segurança jurídica para segurados e corretores”.

O papel das reformas no crescimento econômico foi destacado pelo deputado federal Reginaldo Lopes. O superintendente da Susep ainda falou sobre os cinco macrotemas que estão norteando as ações da entidade: criação de grupos de trabalho para propostas de novas normativas; promoção de políticas públicas com diálogo e inclusão, com foco em seguros, previdência e riscos ecológicos; ampliação do acesso ao seguro e geração de riqueza de forma mais inteligente; fortalecimento da cibersegurança para garantir a integridade; novas legislações que regulam a entrada de novos ofertantes, por meio do sandbox regulatório, e a fiscalização das associações de proteção veicular.

Ainda segundo Octaviani, “tudo isso não fica de pé se o segurado, a sua excelência, se ele olhar para o serviço e tiver a sensação de que comprou gato por lebre, então temos que indenizar. Seguro é confiança, segurança jurídica e transparência.”

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Roberto Santos, ex-presidente da Porto, destacou que o mercado movimentou quase R$ 500 bilhões em indenizações recentemente e que a tecnologia tem permitido entregar o que o consumidor quer: “Velocidade, facilidade e resolubilidade. O digital é uma grande oportunidade para melhorar a operação e a comunicação no mercado de seguros. Precisamos deixar o ‘segurês’ de lado e falar de forma mais clara e acessível. Além disso, o grande desafio para as seguradoras é mudar o mindset, adotando uma postura proativa e não reativa”, concluiu Santos.

Crédito: Filipe Tedesco/JRS

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