Doze suspeitos de fraudar o seguro DPVAT são presos no Paraná
Um dos presos falsificou atestado de óbito do pai para receber o dinheiro
Doze pessoas foram presas no Paraná suspeitas de fraudar o seguro DPVAT. Um dos presos falsificou um atestado de óbito do próprio pai para receber o dinheiro.
Um dos presos é Thiago Alcaide Ferreira que, de acordo com a polícia, ele é um dos líderes da quadrilha. O grupo fraudava documentos para obter o DPVAT, o seguro obrigatório de veículos, que é pago quando há vítimas em acidentes de trânsito. Em caso de morte, o seguro pode render até R$ 13,5 mil. O esquema funcionava com a ajuda de funcionários do Instituto Médico Legal, que forneciam para a quadrilha informações privilegiadas sobre as vítimas de trânsito.
Em uma troca de mensagens, Thiago convida um motorista do IML de Curitiba para participar da fraude. O trabalho, segundo ele, seria “fechar uns morto junto”, com uma forma de pagamento sempre muito boa”. E complementa: “eu pego em média quatro a cinco mortos por semana. Qualquer morto que você me passar eu pago 700 pila a vista”, disse. O motorista que aparece na conversa não aceitou a proposta.
A polícia também descobriu que os integrantes da quadrilha se passavam até por soldados do Exército para enganar as famílias dos mortos, conseguir uma procuração e receber em nome delas o seguro DPVAT. Quando o seguro era liberado, a quadrilha ficava com a maior parte do dinheiro.
A operação foi batizada de Ressurreição. Segundo a polícia, um dos integrantes da quadrilha falsificou o atestado de óbito do próprio pai, para receber o seguro DPVAT. O suposto morto também foi preso na operação.
Para entrar com o pedido do seguro DPVAT não é necessário intermediário e é de graça. O benefício sai em até 30 dias após a entrega da documentação. O telefone da central DPVAT é 0800-022 12 04.
*Com informações de Jornal Hoje/TV Globo.