Emissões de FIDCs superam R$ 4,7 bilhões e patrimônio líquido vai a R$ 33,4 bilhões

As emissões de FIDCs MM (multicedentes/multissacados) somaram R$ 4,788 bilhões no 1º. semestre deste ano e a tendência continua a ser de crescimento, de acordo com avaliação da Anfidc (Associação Nacional dos Participantes em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Multicedentes /Multissacados).

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Segundo a entidade, a Carteira PL (patrimônio líquido) desses fundos cresceu 17,2% no período, saltando de R$ 28,522 bilhões no início do ano para R$ 33,466 bilhões em junho.

O número de FIDCs MM também teve crescimento expressivo considerando um período mais longo de tempo: em 2018 havia 283 desses fundos, número que saltou para 388 em junho deste ano. Nesse espaço de tempo, o Patrimônio Líquido (PL) quase dobrou, de R$ 18,5 bilhões há 4 anos para os atuais R$ 33,466 bilhões.

Para efeito de comparação, no sistema bancário, de acordo com o informe mais recente do Banco Central, a concessão de Crédito Livre Pessoa Jurídica na modalidade “Descontos+Antecipações” (duplicatas, recebíveis, cartões) foi de R$ 81,7 bilhões em abril, queda acentuada em comparação aos R$ 102,5 bilhões de março.

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Cenário econômico

O mercado de FIDCs depende diretamente da atividade econômica, já que o crescimento do PIB atrai mais crédito. Por isso, a Anfidc faz estudos também sobre as perspectivas da economia nos próximos meses. Em agosto, segundo a entidade, indicadores apontam melhora das expectativas de mercado e crescimento da economia no 2º. semestre, com base em vetores importantes como o conjunto de medidas do governo e ações de estímulo que beneficiam renda, crédito e liquidez.

Outro fator de otimismo é a queda da inflação. O IPCA teve retração de 0,68% em julho como efeito da desoneração de tributos sobre combustíveis, o que fez o índice recuar de 11,89% em junho para 10,07% em julho, no acumulado de 12 meses. No entanto, o efeito foi localizado, sem trazer alívio expressivo para grupos essenciais, como o de alimentos. Em agosto, a previsão é que o indicador tenha nova retração, podendo situar-se abaixo de 9% em 12 meses.

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