Empresas europeias expandem reservas em caixa durante a pandemia
É o que indica levantamento divulgado pela Euler Hermes
Nova análise feita pelo time de economistas da Euler Hermes, aponta que a crise da Covid-19 contribuiu para o aumento da concentração de caixa entre as empresas europeias. De acordo com o levantamento, as reservas garantem o equivalente a três meses de giro – meio mês a mais do que a média no pré-crise.
Depois de aumento considerável em 2020, o caixa continuou em expansão nos últimos meses. Na França, os depósitos equivalem a um mês a mais do que a média histórica, enquanto no Reino Unido, superam 18 dias. As posições de caixa permaneceram bastante rígidas com a continuação dos lockdowns nos principais países europeus, o que aumenta risco de alta para investimentos defensivos e ofensivos ao longo de 2021.
“As empresas que relataram as dez maiores altas de volume de caixa registraram um crescimento médio de +56% (contra +45% para a média da UE). Como consequência, os governos começaram a retirar estrategicamente as medidas de apoio fiscal”, afirma o economista da Euler Hermes, Lucas Mourtada, ao analisar os dados financeiros referentes ao início de abril.
Aumento nos preços de insumos
“As empresas provavelmente usarão cerca de 50% do caixa excedente para financiar as necessidades de capital de giro e compensar o forte aumento nos preços dos insumos. Além disso, também esperamos uma alta de investimentos”, explica Mourtada. Segundo o economista, o aumento nos preços arrastará as margens das empresas para baixo e os setores com as posições de caixa mais altas tendem a investir na capacidade produtiva e adquirir concorrentes que estão em situação financeira vulnerável.